‘Mais força para continuar as lutas’, diz Silvio Almeida ao receber título de cidadão baiano
Honraria aconteceu na sede da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador, com a participação de movimentos sociais
Dindara Paz - O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, recebeu nesta sexta-feira (20) o título de cidadão baiano. A honraria, proposta pelo deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), foi realizada na sede da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador.
O advogado e filósofo destacou a honraria como um dos momentos mais importantes da sua vida e também agradeceu pelo reconhecimento da sua trajetória.
“Essa homenagem que a Bahia me presta ao me acolher como um dos seus filhos me dá mais força e mais certeza de que eu tenho muito mais por fazer e acho que estar entre os baianos e ser considerado como um deles agora faz com que eu tenha mais gente do meu lado para continuar as lutas que eu venho travando e que eu ainda tenho por travar”, comentou Silvio.
O ministro também pontuou a importância da atuação dos Direitos Humanos e antirracista no Brasil, sobretudo na Bahia.
“Ao ser homenageado, eu reforço o meu compromisso com o Brasil porque entendo que reforçar o meu compromisso com a Bahia é reforçar o compromisso com o Brasil. É reforçar um compromisso inabalável contra todas as formas de desigualdade, contra a violência, o subdesenvolvimento, a subordinação e uma das características de ser baiano é ser insubordinado contra todas as formas de opressão e violência”, disse.
Hilton Coelho propôs a honraria em julho de 2020. O deputado ressaltou a importância das contribuições teóricas do ministro para a população baiana.
“Silvio Almeida ajudou a dar nome a uma dor que o povo negro sempre sentiu e confrontou e dar nome à dor é o primeiro passo para enfrentá-la. Por tudo isso, pela importância da produção intelectual, uma chave fundamental para o povo negro baiano de se entender e lutar melhor, pela sua altivez, caráter, por seu compromisso com a luta e libertação do povo negro, Silvio de Almeida só podia ser baiano”, afirmou.
A abertura da sessão contou com apresentação do afoxé Filhos de Ghandy e a presença de integrantes de movimento negro, social, líderes religiosos, representantes de povos originários e artistas das periferias. A sessão completa pode ser conferida no canal da ALBA no YouTube.