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Lula compara governos de Temer e Bolsonaro à destruição causada por Netanyahu na Faixa de Gaza

Por POLÍTICA JB
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Publicado em 23/07/2024 às 17:05

Lula Foto: Ansa

Em seu discurso de comemoração pelos dez anos do campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Buri (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a gestão feita no Brasil após o impeachment de Dilma Rousseff à destruição causada pelas forças israelenses na Faixa de Gaza.

Lula criticava a descontinuidade ou a desidratação de programas criados em seus primeiros governos pelos últimos presidentes antes de sua volta ao Palácio do Planalto quando fez a analogia.

"Este país, eu diria, o que eles fizeram nestes últimos [anos], depois do impeachment da Dilma [Rousseff], é o que o [Benjamin] Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza, lá na Palestina. O que eles fizeram com este país foi um pouco isso", afirmou o presidente, citado pelo jornal O Globo.

O chefe de Estado também criticou os ataques de Israel no enclave palestino e disse que Tel Aviv descumpre as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Todo final de semana agora, final de semana morreu mais 70 na Faixa de Gaza. Semana passada morreu mais 90. Quem é que tá morrendo? É soldado? Não. É terrorista? Não. Quem está morrendo? São mulheres e crianças que são vítimas dos ataques, todo santo dia, de um governo que já foi condenado pelo tribunal internacional. [...] E não é o povo de Israel, porque o povo de Israel também não quer guerra. O povo de Israel quer paz. O governo [de Netanyahu] que é irresponsável e não tem sequer respeito pelas decisões da ONU […]", declarou o presidente brasileiro.

Ao mesmo tempo, Lula voltou a afirmar que educação "nunca é gasto, é investimento", e prometeu terminar o mandato com 782 institutos federais no país. Ele ainda exaltou o Bolsa Atleta, o Programa Mais Médicos e pediu que os jovens universitários "não desistam da política".

"Quando vocês acordarem do avesso, mesmo assim, não desistam da política. Escolher uma reitora é uma decisão política, é como escolher um síndico de um prédio. E como eu acho que o Brasil está precisando de político com 'P' maiúsculo, eu digo: quando vocês acharem que todo mundo é ladrão, que o Lula é ladrão, que o Raduan é ladrão, que o Camilo é ladrão, mesmo assim não desista. Entre na política, assuma o seu compromisso, e vamos à luta", acrescentou.

O campus Lagoa do Sino foi criado em 2014 e tem cursos relacionados a engenharia e agricultura familiar.
Também participaram os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Camilo Santana (Educação), e o escritor Raduan Nassar, que em 2011 doou a fazenda de 643 hectares que hoje abriga a unidade universitária. (com Sputnik Brasil)

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