Lula chega ao Rio para G20 e permanece em silêncio sobre ataque
Petista ainda não fez declarações sobre explosões em Brasília
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou na noite da última quinta-feira (14) ao hotel Fairmont, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde ficará hospedado enquanto participa da Cúpula do G20, entre os próximos dias 18 e 19 de novembro.
Em uma publicação no X, o petista aparece sorridente ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e afirma que a cúpula será grandiosa: "Teremos um grande G20 na cidade maravilhosa".
O evento, que reunirá chefes de Estado e governo das 10 maiores economia do mundo, além da União Europeia e União Africana, acontecerá poucos dias depois de Francisco Wanderley Luiz cometer um atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Apesar de ainda permanecer em silêncio sobre as explosões, Lula acompanha de perto as investigações e tem orientado as instituições, especialmente a Polícia Federal (PF), a agir com firmeza e rigor no caso, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).
Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro ressaltou que o governo está em cooperação com o Distrito Federal para garantir a segurança na área central do poder em Brasília.
"Desde o começo, ele [Lula] está muito atento, orientando as instituições a agir da melhor forma possível. A segurança é uma prioridade", declarou.
"Temos que ser firmes na apuração e na punição de qualquer um que cometa crime contra a democracia", acrescentou Padilha, enfatizando o compromisso do governo em proteger o sistema democrático e as instituições brasileiras.
Segundo as investigações da PF, há "evidências" de que o ataque realizado por Luiz foi "planejado", assegurou o ministro.
No entanto, Padilha disse que ainda não está claro se o autor teve apoio de outras pessoas, o que permanece sob apuração.
Questionado sobre o silêncio de Lula sobre o atentado, Padilha explicou que o petista estava cumprindo uma agenda de compromissos, incluindo a recepção de embaixadores no Planalto, antes de embarcar para no Rio de Janeiro.
"Certamente, no momento apropriado, ele (Lula) irá se manifestar e poderá comentar sobre o ocorrido", completou.
O comportamento de Lula é visto pelos observadores como uma tentativa de evitar que o ataque falhado em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) ofusque as importantes iniciativas que começam nas próximas horas, desde a reunião dos prefeitos no Urban20 até à primeira cúpula social do G20. (com Ansa)