A CID ADE DO FUTURO
Di retor de susten tabil idade dos Jogos Olím picos Lond res de 2012, Da n Epstei n e xpl ica como a com petição va i tr a nsforma r regi ões degr adadas em projetos pilotos
A Olim píada de Londres, em 2012, promete um recor de inédi to . Quando v enceu a sel eção par a sediar o e v en to , h á c inco anos, o Comi tê Olím pico ingl ês se com prometeu a fazer os jogos m ais v er des da histór ia. A jul g ar pel o projeto a presen tado pel o diretor de Susten tabilidade e Regener ação Urban a par a a Ol ym pic De v el opmen t Au thor i ty (OD A), Dan Epstein, d u - r an te o Ri o Susten tabilidade Olím - pica, n a Firjan (
l eia ma is no quad ro da pági na 23)
, a edição l ondr in a tem potenc ial par a se torn ar um m arco . O Parque Olím pico ficar á no distr i to de Str a tfor d, a l este, um a an tig a área ind ustr ial degr adada. Com as no v as instalações, a região v ai deixar de ser um a das m ais pobres do país par a se torn ar um dos pr inc i pais destinos tur ísticos da Europa. Desde 2007 , o “v er dadeiro lixão” , n as pala vr as de Jerome Frost, chefe de design da OD A, v em sofrendo um a v er dadeir a re v o - l ução par a abr ig ar as com petições. Seis meses depois da Olim píada, o espaço estar á a serviço da população . “Par a a tingir o l eg ado , tr ansform amos o in v estimen to o lím pico em in v es - timen to de l ongo pr az o . Se estamos sofrendo hoje, é por fal ta de pre visão no passado” , justifica Jerome. Str a tfor d fica a oi to estações de metrô do Cen tro de Londres e con - cen tr a um gr ande n úmero de imi - gr an tes. A expecta ti v a de vida no l ug ar é oi to anos menos em relação ao resto da população – sendo um ano a menos a cada par ada do metrô a par tir do cen tro . Com a Olim píada, o “cen tro do despro vimen to” , como a região er a conhec ida, passa a abr ig ar um model o de c idade par a o fu turo . A pr imeir a a ti tude da equi pe en - v o l vida no projeto foi v er ificar como os jogos an ter i ores h a viam melhor ado os probl em as in ternos de suas sedes. Aten as conquistou um a rede de metrô “inc r ív el” , c i ta Jerome. O própr i o an - fi tea tro rom ano de Lucca, do sécul o 2, acabou con v er tido em h abi tação de - pois, ac rescen ta o designer . “Cheg a - mos à concl usão de que n ada pre - c isar ia ser eterno , e optamos por ins - talações desmon tá v eis. Er a im por tan - te saber que essa infr aestru tur a dar ia a poi o ao desen v o l vimen to da região a pós o fim das com petições” , explica. O Plano de Leg ado detalh a como o l ocal ficar á depois dos Jogos. As áreas de a poi o e as quadr as de basquete, por exem pl o , deixar ão de existir . Cons - truído com 25% a menos de aço que o Ninho de Pássaro , em Pequim, o Es - tádi o Olím pico de Londres, assim co - mo o Parque Aquá tico projetado pela arqui teta ir aquian a Zah a Hadid, ter ão cam adas remo vív eis par a dimin uí - rem o espaço reserv ado ao público depois que o e v en to acabar . A infr aestru tur a perm anece, com no v a rede de pedestres, 35 pon tes, d uas estações férreas e rede de ônib us. A Vila Olím pica passar á a abr ig ar 12 mil residênc ias, e o refei tór i o v ai se tr ansform ar n a Chobh am Academ y – esco la par a todas as idades. O Parque Olím pico ter á ainda áreas v er des cor - tadas pel o segundo m ai or r i o de Lon - dres – despo l uído par a o e v en to – e ger ação de energia própr ia. As obr as estão a cargo de 10 mil tr abalh adores da vizinh ança (25% da população l ocal), que esta v am desem -
ANA P A ULA TEIXEIRA
A CID ADE DO FUTURO
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