Festival de Brasília divulga premiados de sua 54ª edição

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Por MYRNA SILVEIRA BRANDÃO

Saudade do Futuro, de Anna Azevedo, ganhou o prêmio principal. A cantora Elida Almeida e Batuko Rabelados de Espinho Branco

Em uma cerimônia apresentada pelos atores Murilo Rosa e Maria Paula Fidalgo, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, mais longevo do País, anunciou na noite dessa terça feira (14) os vencedores dos Candangos e de outros troféus de sua edição/2021, que foi realizada no formato on-line e teve a curadoria do cineasta Silvio Tendler e da professora Tânia Montoro.

Além dos prêmios, a noite foi marcada pela presença de Divino Xavante, diretor do filme de encerramento, “Abdzé Wede’Õ – Vírus não tem cura?”, e por uma homenagem especial à atriz Léa Garcia (88 anos), que recebeu o Troféu Candango pelo Conjunto da Obra, concedido a personalidades de ampla trajetória e contribuição ao Cinema Brasileiro.

Muito emocionada, a atriz declarou: “Nesse momento tão terrível para nós, em que a cultura padece tanto, quero parabenizá-los pela coragem, força e ideal de resistência. Estamos juntos, aguardando por dias melhores neste País”.

Após as apresentações de abertura, foi iniciada a divulgação dos premiados.

 

MOSTRA OFICIAL

Longas-metragens

O grande vencedor de melhor longa-metragem concedido pelo Júri Oficial – principal prêmio do Festival – foi “Saudade do Futuro”, de Anna Azevedo. Estreia solo da diretora, o filme explora a ligação entre Portugal, Brasil e Cabo Verde pelo mar e a cultura da saudade.

O longa baiano “Alice dos Anjos”, de Daniel Leite Almeida, conquistou seis Candangos: Melhor Filme pelo Júri Popular; Melhor Direção para Almeida; Maquiagem para Claudia Riston; Figurino para Lívia Liu; Direção de Arte para Luciana Buarque; e o Prêmio Abraccine. Filmado em Vitória da Conquista, a obra infanto-juvenil transporta a fantasia do clássico Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, para o contexto do sertão nordestino, tendo a menina Alice dos Anjos como personagem de uma saga conduzida por personagens improváveis.

O Prêmio de Melhor Atriz foi conquistado por Andréa Beltrão, vivendo a personagem Bia em recuperação após acordar de coma de 20 anos, em “Ela e Eu”, de Gustavo Rosa de Moura. O de Melhor Ator foi para Eduardo Moscovis como protagonista do mesmo filme. “Ela e Eu” também ganhou o Candango de Melhor Roteiro, assinado pelo diretor, por Andréa Beltrão e Leonardo Levis.

A Melhor Fotografia foi para Bruno Risas, por “Lavra”, de Lucas Bambozzi.

“De Onde Viemos, Para Onde Vamos”, de Rochane Torres, levou Melhor Som para Paulo Gonçalves e Melhor Filme com Temática Afirmativa.

“Acaso”, de Luís Jungmann Girafa, venceu o Prêmio de Melhor Montagem, para Juana Salama. O filme também integrou a Mostra Brasília.


Curtas-metragens

Para o Júri Oficial, o Melhor Curta foi “Chão de Fábrica”, de Nina Kopko – sobre a convivência de operárias em São Bernardo do Campo nos anos 1979. O filme venceu mais quatro categorias: Direção, Atriz para Joana Castro, Montagem para Lis Paim e Figurino para Gabriella Marra.

O Júri Popular elegeu como Melhor Filme “Da Boca da Noite à Barra do Dia”, de Tiago Delácio, que também ganhou Melhor Ator para Sebastião Pereira de Lima, como mestre Martelo do cavalo-marinho pernambucano.


MOSTRA BRASÍLIA

Os principais prêmios da Mostra, uma das mais cultuadas do Festival, foram:

Para o Júri oficial, “Acaso”, de Luís Jungmann Girafa, foi o Melhor Longa-metragem, e “Benevolentes”, de Thiago Nunes, o Melhor Curta-metragem.

O Júri Popular elegeu “Advento de Maria”, de Vinícius Machado, como Melhor Longa, e “A Casa do Caminho”, de Renan Montenegro, como Melhor Curta.

 

OUTROS TROFÉUS

– Concedido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB): Prêmio Marco Antônio Guimarães ao filme que melhor utilizou material de pesquisa cinematográfica brasileira para “Ocupagem”, de Joel Pizzini, pela perfeita utilização das imagens e por uma inovadora abordagem entre cinema e literatura, através de narrativa que contemplou memória e poesia.

– Concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine): Melhor Longa-metragem da mostra competitiva - o filme “Alice dos Anjos”, de Daniel Leite de Almeida, Melhor Curta-metragem, “Adão, Eva e o Fruto Proibido”, de R. B. Lima.

– Concedido pela Anistia Internacional do Brasil: Prêmio Cosme Alves Netto ao filme que mais se aprofundou nas agendas dos direitos humanos, “Terra Nova”, de Diego Bauer.

– Concedido pelo Caderno de Cultura do Correio Braziliense: Troféu Saruê ao grande “acontecimento” dessa edição, Gê Martú, personagem retratado em “O Mestre da Cena”, de João Inácio.

– Concedido pelo Canal Brasil, parceiro do festival: Troféu Canal Brasil para “Como Respirar Fora D’Água”, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros.

 

LISTA COMPLETA DOS PREMIADOS

Mostra Competitiva - Longas

Melhor Longa Júri Oficial – Longa Metragem
Saudade do Futuro, de Anna Azevedo

Melhor Longa Júri Popular – Longa Metragem
Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida

Melhor Direção
Daniel Leite Almeida, por Alice dos Anjos

Melhor Atriz
Andréa Beltrão, por Ela e Eu

Melhor Ator
Eduardo Moscovis, por Ela e Eu

Melhor Fotografia
Bruno Risas, por Lavra

Melhor Roteiro
Gustavo Rosa de Moura, Leonardo Levis e Andréa Beltrão, por Ela e Eu

Melhor Direção de Arte
Luciana Buarque, por Alice dos Anjos

Melhor Montagem
Juana Salama, por Acaso

Melhor Som
Paulo Gonçalves, por De Onde Viemos, Para Onde Vamos

Menção honrosa do Júri
Ao filme Lavra, de Lucas Bambozzi

Melhor Caracterização – Maquiagem
Claudia Riston, por Alice dos Anjos

Melhor Caracterização – Figurino
Lívia Liu, por Alice dos Anjos

Melhor Filme com Temática Afirmativa
De Onde Viemos, Para Onde Vamos, de Rochane Torres

Júri da Mostra Competitiva – Longas: composto pelo produtor Marcus Ligocki, a diretora Emília Silveira e a diretora-presidente da SPCine Viviane Ferreira.

 

Mostra Competitiva - Curtas

Melhor Curta Júri Oficial – Curta Metragem
Chão de Fábrica, de Nina Kopko

Melhor Curta Júri Popular – Curta Metragem + Prêmio Edina Fujii CiaRio: 15.000 reais em aluguel de equipamentos de luz, acessórios e maquinários concedidos pela Naymovie, em parceria com a CiaRio
Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio

Melhor Direção
Nina Kopko, por Chão de Fábrica

Melhor Atriz
Joana Castro, por Chão de Fábrica

Melhor Ator
Sebastião Pereira de Lima, por Da Boca da Noite à Barra do Dia

Menção honrosa do Júri
Às atrizes do filme Terra Nova, Karol Medeiros e Isabela Catão

Melhor Fotografia
Dani Drumond, por Cantareira

Melhor Roteiro
R.B Lima, por Adão, Eva e o Fruto Proibido

Melhor Direção de Arte
Rodrigo Lelis, por Filhos da Periferia

Melhor Montagem
Lis Paim, por Chão de Fábrica

Melhor Som
Bia Hong, por Como Respirar Fora D’Água
Melhor Caracterização – Maquiagem
Vinne Negrão, por Sayonara

Melhor Caracterização – Figurino
Gabriella Marra, por Chão de Fábrica

Melhor Filme com Temática Afirmativa
Era uma Vez... Uma Princesa, de Lisiane Cohen

Júri da Mostra Competitiva – Curtas: composto pelo jornalista e crítico Marcelo Janot, a montadora e roteirista Karen Black, e a produtora audiovisual Anamaria Anamaria Mühlenberg.

 

Mostra Brasília - Curtas e Longas

Melhor Longa Júri Oficial + Prêmio Edina Fujii CiaRio: 25.000 reais em aluguel de equipamentos de luz, acessórios e maquinários concedidos pela Naymovie, em parceria com a CiaRio.
Acaso, de Luís Jungmann Girafa

Melhor Curta Júri Oficial + Prêmio Edina Fujii CiaRio: 10.000 reais em aluguel de equipamentos de luz, acessórios e maquinários concedidos pela Naymovie, em parceria com a CiaRio.
Benevolentes, de Thiago Nunes

Melhor Longa Júri Popular
Advento de Maria, de Vinícius Machado

Melhor Curta Júri Popular
A Casa do Caminho, de Renan Montenegro

Melhor Direção
Jimi Figueiredo e Sérgio Sartório, por Noctiluzes

Menção honrosa do Júri
Ao filme Vírus, de Larissa Mauro e Joy Ballard

Melhor Atriz
Maria Eduarda Maia, por Advento de Maria

Melhor Ator
Chico Sant’Anna, André Deca, Vinícius Ferreira, por Noctiluzes

Melhor Fotografia
Gustavo Serrate, por Cavalo Marinho

Melhor Roteiro
Vinícius Machado, por Advento de Maria

Melhor Direção de Arte
Rodrigo Lelis, por Filhos da Periferia

Melhor Montagem
João Inácio, por O Mestre da Cena

Melhor Som
Hudson Vasconcelos, por Ele tem Saudade

Melhor Caracterização – Maquiagem
Alzira Bosaipo, por Advento de Maria

Melhor Caracterização – Figurino
Tiago Nery, por Advento de Maria

Melhor Filme com Temática Afirmativa
A Casa do Caminho, de Renan Montenegro

Júri da Mostra Brasília: composto pela curadora Fabiana de Assis, a diretora e montadora Adriana de Andrade, e o diplomata, crítico e professor de audiovisual João Lanari Bo.

 

Outros Prêmios

Candango pelo Conjunto da Obra 2021
Léa Garcia

Prêmio Marco Antônio Guimarães (CPCB) – entregue ao filme que melhor utiliza material de memória, pesquisa e arquivos do cinema brasileiro.
Ocupagem, de Joel Pizzini

Prêmio Cosme Alves Netto (Anistia Internacional Brasil) – entregue ao filme exibido que mais se aprofunda nas agendas dos direitos humanos.
Terra Nova, de Diego Bauer

Melhor Longa-Metragem da Mostra Competitiva, segundo júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine)
Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida

Melhor Curta-Metragem da Mostra Competitiva segundo júri da Abraccine
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B Lima

Menção Honrosa do júri da Abraccine
De Onde Viemos, Para Onde Vamos, de Rochane Torres

Troféu Canal Brasil - entregue ao Melhor Curta da Mostra Competitiva segundo júri técnico do Canal
Como Respirar Fora D’Água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros

Troféu Saruê – concedido ao "acontecimento" do festival segundo equipe do caderno de cultura do Correio Braziliense
Gê Martú