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Corpo de Dança do Amazonas em cartaz no Rio

Comdireção de Mário Nascimento, grupo, a primeira vez na cidade, de apresenta de quinta (5) a domingo (8) no Teatro Caixa Nelson Rodigues. Com entrada franca

Por CADERNO B
cadernob@jb.com.br

Publicado em 04/10/2023 às 20:29

Alterado em 04/10/2023 às 20:29

Cena da coreografia Rios Voadores: em 2022, na categoria dança, recebeu indicação ao APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes, pela trilha sonora assinada pelo músico mineiro Makely Ka Foto: divulgação

São 25 anos de história sólida na região Norte do Brasil, onipresente no noticiário por diversos fatos em questão no momento. Mas o Corpo de Dança do Amazonas (CDA), depois de 25 anos, chega à primeira vez para uma curta temporada no Rio de Janeiro para mostrar a potência de sua linguagem artística na dança contemporânea. Serão 4 apresentações de dois espetáculos de 5 a 8 de outubro no Teatro Caixa Nelson Rodrigues, no Centro, de graça! O diretor Mário Nascimento resume o que o público vai assistir. “A linguagem de TA – Sobre ser grande tem muito de Manaus e suas festas, além de falar dos povos originários da Amazônia, particularmente, os tikunas. Na coreografia Rios Voadores , da coreógrafa mineira Rosa Antuña, a composição dos movimentos aborda a mitologia e seres mágicos que habitam os rios e as florestas, há referências que evocam os seres alados das culturas andinas, por exemplo”, conta Mário Nascimento, um dos principais nomes da dança no país, que desde 2020 está à frente da direção do CDA.

O Corpo de Dança do Amazonas chega à capital fluminense graças ao Programa de Ocupação da Caixa Cultural com o Projeto “Circulação Amazônica CDA 25 anos”. A estreia nesta quinta-feira, 5 de outubro, às 19h, é com Rios Voadores, de Rosa Antuña, mesmo espetáculo que poderá ser apreciado dia 6 de outubro, às 19h. TA - Sobre ser grande, de Mário Nascimento, ganha o palco nos dias 7 e 8 de outubro, às 19h e 18h, respectivamente.

O Corpo de Dança do Amazonas comemora 25 anos em 2023, com direção artística de Mário Nascimento. A companhia iniciou no começo do ano uma circulação pelas principais regiões do Brasil, integrando mostras e eventos, como o “Simpósio Internacional de Dança”, em Belo Horizonte, MG, “Abril para Dança” e “Virada Cultural”, ambos em São Paulo. O diretor artístico do CDA destaca a hegemonia e o resultado do trabalho multiprofissional realizado pela companhia. “O Corpo de Dança do Amazonas é hoje uma das três maiores companhias do Brasil. Há quem diga que está localizada ‘fora do eixo’, mas o eixo está cada vez mais focado na Amazônia”, diz Mário Nascimento.

O CDA se destaca pelo seu trabalho e originalidade, levando em consideração em suas criações a singularidade da Amazônia. São mais de 60 obras realizadas com a colaboração de artistas convidados do Brasil e de todo o mundo, que mostram a diversidade cultural da Região Norte do Brasil por meio da pluralidade da dança contemporânea. Em 2022, recebeu indicação ao APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes, na categoria dança, pela trilha sonora de “Rios Voadores” assinada pelo músico mineiro Makely Ka. E em 2021, estreou o espetáculo “TA - Sobre ser grande” no Festival de Dança de Joinville, o maior evento do segmento na América Latina.

Ainda pelo Programa de Ocupação Caixa Cultural, em 2024, a companhia percorre as cidades de Fortaleza - CE, Curitiba - PR e Brasília - DF, as informações podem ser acompanhadas através das Redes Sociais do Corpo de Dança do Amazonas - CDA e Caixa Cultural.

Os espetáculos
Rios Voadores é um termo usado para designar uma gigantesca massa de vapor de água vinda do oceano e somada à transpiração da floresta. O equilíbrio das chuvas em outras regiões do Brasil depende do equilíbrio da floresta amazônica e da formação dos rios voadores. Neste espetáculo, a coreógrafa Rosa Antuña busca trazer para a cena a importância da preservação do meio ambiente como ponto crucial para o equilíbrio do planeta. A mitologia amazônica, além de sua fauna e flora, formam inspiração para a construção da movimentação deste trabalho. A trilha sonora original é assinada pelo compositor Makely Ka, que traz para a cena um diálogo com a cultura popular e a música contemporânea.

TA - Sobre ser Grande. “TA” significa Grande para os Tikunas – povo originário do Amazonas, que ocupa uma vasta área. Expressão curta carregada de sentidos, a língua para esses povos é parte deles, os sons do ambiente fazem parte do idioma que se fala, sejam pardos, roncos, chiados e tantos quantos conseguem escutar, define onde vivem como “TA”. Um território que abriga, acolhe, alimenta e precisa também de cuidados. Carrega nos corpos e expressa toda força de um povo que vive nessa amplitude – o Amazonas, a trilha sonora é do DJ Marcos Tubarão executada ao vivo.

O Corpo de Dança do Amazonas

CDA foi criado em 1998 pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura, para compor os Corpos Artísticos do Teatro Amazonas. A companhia é referência em Dança Contemporânea no Amazonas e na Região Norte do país, mantém uma programação artística com repertório diverso. Vem construindo um patrimônio material reconhecido nacionalmente. São mais de 60 obras realizadas com a colaboração de artistas convidados do Brasil e do exterior, que mostram a diversidade cultural local por meio da pluralidade da dança contemporânea. Por meio de suas ações, o CDA visa a difusão da dança, o aprimoramento técnico e artístico, a pesquisa, o desenvolvimento de projetos artístico culturais e a formação de um público crítico, que receba em cada apresentação a qualidade, a energia e a paixão que a companhia tem no seu jeito de fazer dança. O CDA visa, ainda, articular diálogos que ampliem e potencializem sua capacidade de atuação, sempre pensando e repensando sua função e contribuição na formação cultural, levando em consideração a singularidade da Amazônia e a diversidade e abrangência da cultura.

Serviço: Corpo de Dança do Amazonas – Direção: Mário Nascimento / Únicas apresentações dos espetáculos “Rios Voadores” e “TA – Sobre ser grande” / Rios Voadores – quinta (5), sexta (6) – às 19h
TA – Sobre ser grande – sábado – às 19h, domingo – às 18h / Teatro da Caixa Nelson Rodrigues Avenida República do Paraguai, 230 Centro Informações: 3509-9621 / Ingressos: Entrada franca / Capacidade: 209 lugares / Duração: 60 minutos Classificação: Livre / Bilheteria: Retirar com antecedência de 60 minutos / Sujeito à lotação do teatro.

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