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Simone Cosac Naify mostra suas aquarelas em São Paulo

Por CADERNO B
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Publicado em 16/10/2024 às 09:03

A artista plástica Simone Cosac Naify Foto: divulgação

A artista plástica Simone Cosac Naify, que trabalha há 35 anos no exterior, faz sua primeira exposição em São Paulo. A exposição, que tem vernissage no dia 31 de outubro, segue aberta ao público até o dia 26 de novembro, na New Gallery. À convite da galerista Vera Havir, Simone traz em suas aquarelas temas que expressam sua indignação e questionamentos sobre valores que a sensibilizam.

Tendo apresentado seus trabalhos em várias cidades europeias, Simone afirma: "Nada me orgulha mais do que dividir, na minha terra natal, meu manifesto de uma dor crônica que todos nós estamos vivendo no presente momento”.

 


A Utopia da Liberdade II Foto: divulgação

 

Intitulada Conteúdo Sensível, a exposição é dividida em duas partes complementares. A primeira demonstra a dor desconhecida de quem gera uma criança e se depara, diante de seu nascimento, com um amor sufocante e incondicional. É a trajetória da mulher que, muitas vezes, abdica de sua própria identidade para incorporar a de seus filhos. Simone batizou essa parte da exposição de Mater Dolorosa, termo que condiciona o protagonismo materno à simbiose de um amor de gigantesca dimensão, causando momentos extremos de alegria e tantos outros de dor e temor.

A segunda parte da exibição, designada Mater Crucis, representada pelo corte do cordão umbilical humanitário, denuncia valores distorcidos da politica internacional que fazem com que mães carreguem seus filhos mortos em lençóis banhados de injustiças.

Nas palavras de Simone: "Este quadro crônico que testemunhamos todos os dias pelos jornais vem sendo banalizado pela mídia, etiquetado como “histórias mal contadas", que abrangem todas as nações ricas que fecham seus olhos diante do poder de quem financia genocídios, como o da Palestina. Sou descendente árabe, também sou semita; mas antes de tudo, sou mãe e, como tal, me resta apenas lutar pela preservação da justiça e do direito à maternidade”.

 

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