Eifman Ballet volta ao Brasil com sua versão do clássico ‘Anna Karenina’, de Liev Tolstói

Por TOM LEÃO

Após 27 anos, a companhia russa Eifman Ballet está de volta, com uma suntuosa versão de Anna Karenina

A genialidade e visão única de Boris Eifman, aclamado pelo ‘The New York Times’ como “um dos coreógrafos mais inovadores da atualidade”, fazem da sua companhia uma das mais prestigiadas do mundo, desde sua fundação, em 1977.

Com mais de 50 obras em seu repertório, o Eifman Ballet volta ao Brasil após um hiato de 27 anos, para apresentar uma de suas mais aclamadas produções, o balé Anna Karenina, inspirada na obra-prima de Liev Tolstói.

A produção já percorreu o mundo, com apresentações na Europa, Austrália, Estados Unidos e Canadá, e finalmente chega ao Brasil com apresentações neste fim de semana, sábado (19) e domingo (20), no Rio de Janeiro, na Cidade das Artes.

Trinta e oito bailarinos sobem ao palco para esta produção da companhia, que traz para a turnê brasileira uma equipe de 55 pessoas e quase cinco toneladas de cenários e equipamentos técnicos, incluindo 270 figurinos. É uma superprodução.

Nas produções de Eifman, os figurinos são suntuosos, a dança é requintada e o drama é sempre cativante. Treinado no estilo clássico do balé russo, Eifman criou uma linguagem teatral ousada de movimento, que funde a narrativa e a investigação filosófica. Ou, como ele mesmo explica:

“O que desenvolvo é o ‘teatro russo de balé psicológico’, que se diferencia tanto do balé clássico tradicional quanto da abstração moderna. A arte que crio foca no mundo interior e na vida espiritual e sensorial do ser humano, buscando reunir a dança às leis fundamentais do teatro, rompendo com a desconexão que se estabeleceu ao longo do século XX. Por isso, meus balés têm uma base dramatúrgica sólida, com profundidade intelectual e psicológica, oferecendo ao público uma intensa energia emocional”, diz.