CINEMA
Crítica: ‘Viúva Negra’: quebrando barreiras
Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br
Publicado em 13/07/2021 às 12:23
Alterado em 14/07/2021 às 11:53
Com pouco mais de um ano de atraso (era para ter estreado em maio de 2020), enfim, o filme solo da "Viúva Negra" chegou. O lançamento foi nos cinemas - simultaneamente com serviço de streaming Disney+, no chamado Premier Acess (paga-se um extra para ver). E foi o maior sucesso, até agora, na era da pandemia: fez US$80 milhões nos cinemas americanos e US$60mi no serviço de streaming Disney+
Ele abre a fase 4 do MCU (Marvel Cinematic Universe) nos cinemas (na TV, já começou). Já era hora de termos este filme solo de Natasha Romanoff (Scarlet Johansson), que apareceu no segundo filme do "Homem de Ferro", e voltou outras oito vezes em vários filmes do MCU. Pena que chega com a personagem extinta.
Então, o que temos, além de um filme de origem do personagem (de onde ela veio, quem ela é), na verdade, é um filme de introdução de sua irmã, Yelena Belova (a excelente Florence Pugh, de “Midsommar”), que também é uma 'viúva' (mercenária treinada pelos russos).
A ação básica se passa logo após os fatos mostrados em “Capitão América: Guerra Civil”, e antes de “Vingadores: Endgame”, mas nenhum dos vingadores aparece em cena. O que temos na tela são os 'pais' de Natasha e Yelena, respectivamente Melina (Rachel Weisz) e Alexei (David Barbour), este último, também conhecido como o Guardião Vermelho. Nos quadrinhos, Black Widow e Red Guardian são, na verdade, marido e mulher. Assim como na série de TV “The Americans” (FX), eles viviam como americanos num subúrbio dos EUA, até que...
É estranho vermos um filme sabendo que a principal personagem, Natasha, não existe mais (e sabendo que, aconteça o que acontecer, ela não morrerá neste). Mas, na média, “Viúva Negra” é um bom filme de ação (bem melhor do que as séries Marvel exibidas no Disney+), que sobrevive por si só, misturando dramas familiares (já com um toque que a Disney dará, doravante, aos filmes Marvel) com uma trama que envolve um cientista louco russo (o inglês Ray Winstone), que tem uma vibe meio Dr. Evil (da série “Austin Powers”). E, no fim, tudo explode e cai do céu, como sempre. A ceninha final pós-créditos já indica para onde tudo irá a seguir. Então, que venha Yelena!
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