CINEMA
Crítica - ‘Maligno’: absurdo terror com virada de trama espetacular!
Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br
Publicado em 13/09/2021 às 12:00
Alterado em 13/09/2021 às 12:04
James Wan surgiu para o mundo junto com Leigh Whannell, como um dos criadores da série de filmes ‘Saw’ (‘Jogos Mortais’), que, embora bastante violentos (ajudou a criar o termo ‘torture porn’), trouxeram realmente algo de novo ao gênero. Tanto que ambos foram fazer carreira em Hollywood. Atualmente, Wan tanto continua envolvido com filmes assustadores - junto com Whannell, cuida das longevas séries ‘Invocação do Mal’ (‘The Conjuring’) e ‘Sobrenatural’ (‘Insidious’) -, como pilota blockbusters, como ‘Aquaman’, e até um capítulo da saga ‘Velozes & Furiosos’.
Agora, enquanto seu novo filme do Aquaman não chega, Wan nos dá um de seus mais criativos filmes de terror fantástico: ‘Maligno’ (‘Malignant’), que, tanto vai agradar a fãs do gênero, quanto quem gosta de viradas de tramas inesperadas. A deste filme é tão boa, que ele nem teve cabine para a imprensa (aqui e nos EUA), para que ninguém estragasse a surpresa. Só indo ver no cinema. Como diria Hitchcock: não conte o final a ninguém.
Na trama, acompanhamos Madison (Annabelle Wallis, do primeiro filme ‘Annabelle’, que faz parte do universo ‘Invocação do Mal’), mulher maltratada pelo marido e que, meio por causa disso, já teve alguns abortos espontâneos. Mas, quando o marido morre – de forma trágica e misteriosa -, Amanda passa a ter visões de outros crimes semelhantes que estão acontecendo, em tempo real, em Seattle. A princípio, a polícia a trata como a principal suspeita por saber dos casos com tantos detalhes. Contudo, a medida em que o filme vai avançando, fatos inesperados surgem. Até a chegada de uma das mais espetaculares viradas de trama que já vimos no cinema de terror recente. É de aplaudir a ousadia.
Então, repetindo: se você gosta do gênero e embarca nas viagens como quem pega um trem fantasma no parque de diversões, vai realmente se divertir (e se assustar) com ‘Maligno’, que entrega o que vende. E ainda arranca de Wallis uma boa performance, que é muito importante para que a gente acredite no absurdo que será revelado.
Não conte a virada pra ninguém!
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