CINEMA
Crítica - ‘Petite Maman’: um filme de ‘viagem no tempo’ como você nunca viu
Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br
Publicado em 06/03/2022 às 13:51
Alterado em 06/03/2022 às 13:51

Depois de ‘Diário de uma jovem em chamas’ (2019), a diretora francesa Céline Sciamma revisita sua própria infância para criar o delicado ‘Petite Maman’. Em apenas 72 minutos (coisa raríssima nestes tempos de filmes que beiram as três horas e nada dizem), ela conta uma história de lembranças e reencontros.
A pequena Nelly (Joséphine Sanz) acaba de perder a sua avó. Então, seus pais a levam até a casa onde a avó morava, no campo (e onde sua mãe passou a maior parte da infância), para limpar e jogar coisas fora. Para passar o tempo, Nelly vai passear no bosque que há nos arredores. Lá, conhece uma menina de sua idade (cerca de 8 anos), Marion (Gabrielle Sanz), que está construindo uma casa na árvore e pede sua ajuda. Ficam amigas e, eventualmente, Nelly vai visitar a casa da menina. E conhece a mãe desta.
É neste momento que fantasia e realidade se misturam. Nelly fez uma espécie de viagem no tempo, e na verdade (ou em sua imaginação) está brincando com sua mãe e vendo a sua avó jovem. Mas é tudo tão bonito e inocente, que a gente nem quer saber dos detalhes. Apenas viver aquela ‘viagem’. Assim, a diretora revive momentos de seu próprio passado, os analisa, e nos faz pensar. Lindo.
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