CINEMA
Crítica - ‘A órfã 2’: um antes que não prejudica o depois
Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br
Publicado em 18/09/2022 às 15:04
Alterado em 18/09/2022 às 15:04

Um dos filmes de terror recentes mais interessantes - e com uma virada realmente surpreendente -, foi ‘A órfã’ (‘The Orphan’, 2009), de Jaume Collet-Serra. Contava a história de uma misteriosa órfã do leste europeu que, ao ser adotada por uma família americana (por conta de um trauma desta), traz o medo e a discórdia. Até um final bizarro, pelo qual a plateia não esperava. O filme foi bem de bilheteria, e meio que marcou a carreira da protagonista, Isabelle Furhman, como a órfã.
Agora, 13 anos depois, surge uma ‘prequela’, que, apesar de soar desnecessária, realmente acrescenta algo ao todo. Ele cobre, satisfatoriamente, alguns buracos que ficaram no primeiro filme (tipo: como a órfã chegou aos EUA), e explica melhor por que a sinistra Esther é má. Como se passa antes, não traz de volta nenhum nome do elenco anterior. Mas traz a confiável Julia Stiles como a mãe da nova família (na verdade, a primeira) da órfã. Esta família é mais rica e amoral.
Então, basicamente, vemos no prólogo a origem de Esther (Furhman), como ela atravessou o atlântico, e como ela consegue se passar pela filha de influente família, que estava desaparecida há muitos anos. Novamente, ela usa o jogo de sedução com o pai da família. Mas desta vez a mãe (Stiles) está mais atenta e não vai dar ‘mole’ para ela. O que transforma ‘Orphan: first kill’ (no original), meio num duelo feminino.
Descontando alguns absurdos, claro, é um filme satisfatório. Embora o novo diretor, William Brent Bell (que tem vários filmes de terror no currículo), jamais suplante o primeiro. Os efeitos especiais dão conta de nos fazer acreditar, mais uma vez, na transformação da atriz principal. Até porque, a atriz cresceu.
_______
COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.