CINEMA

‘Paloma’, de Marcelo Gomes, foi o grande vencedor do Festival do Rio

Filme ganhou os prêmios de melhor longa de ficção e de melhor atriz para Kika Sena

Por MYRNA SILVEIRA BRANDÃO
redacao@jb.com.br

Publicado em 17/10/2022 às 10:05

Alterado em 17/10/2022 às 10:05

Kika Sena e Anita de Souza Macedo em 'Paloma' Foto: divulgação / Festival do Rio

O Festival Internacional de Cinema do Rio divulgou neste domingo (16) os premiados de sua 24ª edição, que teve início em 6 de outubro e foi realizada no formato presencial.

“Paloma”, de Marcelo Gomes, foi o melhor longa-metragem de ficção da Première Brasil.

“Mato seco em chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, levou o Prêmio Especial do Júri.

Carolina Marcowicz, por “Carvão”, venceu como melhor roteiro.

O Prêmio de Melhor Longa de Documentário foi para “Exu e o universo”, de Thiago Zanato.

 


Excelente programação e exibição de clássicos do cinema brasileiro

O Festival do Rio costuma se definir, e com razão, como “o maior festival da América Latina”. De fato, desde sua criação, já exibiu cerca de 7 mil longas-metragens, incluindo obras premiadas em grandes festivais internacionais como Berlim, Cannes, Veneza, Toronto, entre outros. É sem dúvida um evento que, além de formar plateias, dá um grande destaque para o cinema brasileiro incluindo a competitiva Première Brasil. E esta edição de retomada, após anos difíceis devido à pandemia, não foi diferente.

Nesta 24ª edição, o festival colocou no ar uma ótima programação. Na seleção internacional trouxe filmes de nomes consagrados no cenário cinematográfico mundial, como Abel Ferrara, Sergey Loznitsa, François Ozon, Paul Schrader, Amos Gitai entre muitos outros.

O mesmo ocorreu na seleção nacional, inclusive com ótimos filmes que estavam represados pela pandemia e vieram à tona no Festival.

As sessões da Première Brasil (Especial Clássicos) foram memoráveis com apresentação de dois filmes antológicos do Cinema Brasileiro, ambos completando 60 anos de produção: “Assalto ao trem pagador”, de Roberto Farias e “O pagador de promessas”, de Anselmo Duarte, que detém o título de única obra brasileira premiada com a Palma de Ouro em Cannes.

O festival também prestou tributo aos que partiram, como foi o caso do cineasta Breno Silveira, que faleceu em maio último aos 58 anos. A homenagem constou de uma sessão ao ar livre, na praia de Copacabana, de “2 filhos de Francisco”, um de seus filmes mais cultuados.

Em resumo, foi uma edição primorosa e que certamente ficará na lembrança dos fãs do festival, que completou 24 anos de qualidade, entretenimento e alegria para os espectadores e no qual a magia e o encantamento do cinema estiveram o tempo todo presentes.

 

PRINCIPAIS PRÊMIOS

– PREMIÈRE BRASIL

Melhor Longa-Metragem de ficção: “Paloma”, de Marcelo Gomes
Melhor Longa-Metragem de documentário: “Exu e o universo”, de Thiago Zanato
Melhor Curta: “Escasso”, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles
Prêmio Especial do Júri: “Mato seco em chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta
Melhor Direção de Ficção: Julia Murat, por “Regra 34”
Melhor Direção de Documentário: Juliana Vicente, por “Diálogos com Ruth de Souza”
Melhor Atriz: Kika Sena, por “Paloma”
Melhor Ator: Dario Grandinetti, por “Bem-vinda, Violeta”
Melhor Atriz Coadjuvante: Aline Marta, por “Carvão”
Melhor Ator Coadjuvante: Timothy Wilson, por “Fogaréu”
Melhor Roteiro: Carolina Marcowicz, por “Carvão”
Melhor Direção de Arte: Marines Mencio por “Carvão”
Melhor Montagem: Matheus Farias, por “Propriedade”
Melhor Fotografia: Joana Pimenta, por “Mato seco em chamas”


– NOVOS RUMOS

Melhor Longa-Metragem: “Três tigres tristes”, de Gustavo Vinagre
Prêmio Especial do Júri: “Maputo Nakuzandza”, de Ariadine Zampaulo
Melhor Curta: “Curupira e a máquina do destino”, de Janaina Wagner
Melhor Direção: Leonardo Martinelli, por “Fantasma neon”

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