O filme "Chef Jack – o cozinheiro aventureiro", que estreou nessa quinta (19) nos cinemas, é uma animação de aventura que conta a história de Jack, um cara de bom coração e com traços visíveis de excesso de confiança.

Ele é um dos prodígios da culinária e viaja o mundo todo atrás dos ingredientes mais raros para completar receitas únicas. Contudo, após cometer um erro grave em um prato, as coisas não ficam muito bem para o lado de Jack, e afetam até sua reputação.

Para dar a volta por cima e provar para o mundo inteiro que ele ainda é o maior chef aventureiro da atualidade, Jack só tem uma saída: participar da mais importante competição de culinária de aventura do mundo: a Convergência de Sabores!

Mas o que ele pensava ser uma tarefa fácil se torna um grande desafio, e Jack terá que aprender a trabalhar em equipe com o novato, pouco confiante e sonhador Leonard. Precisará também deixar o orgulho de lado e, junto com Leonard, tentar ganhar a competição.

O ator e dublador Danton Mello faz no filme sua primeira voz original para animação.

O cineasta, por sua vez, atua no setor audiovisual há mais de 25 anos. Em 2014, dirigiu e foi um dos roteiristas de “O menino no espelho”, que se tornou sucesso de crítica no Brasil e no exterior.

Em entrevista por e-mail ao JORNAL DO BRASIL, ele falou sobre seu novo filme, a inspiração que o levou a realizá-lo, a introdução da gastronomia no mundo infantil e novos projetos.

 

JORNAL DO BRASIL – Parabéns por “Chef Jack – o cozinheiro aventureiro”. É muito bom quando é realizada uma animação 100% brasileira, colocando nossas cores nesse gênero tão importante.

GUILHERME FIUZA ZENHA - Muito obrigado, o setor de animação do audiovisual brasileiro é um dos que mais se desenvolveram nos últimos 15 anos.

 

Qual a principal inspiração que o levou a realizar o filme?

Na verdade, é a minha estreia na direção de animação, já dirigi outros projetos, entre eles “O menino no espelho”, longa em live action. Em "Chef Jack", fui convidado a dirigir pelo Luiz Fernando e Giordano, produtores do filme, então quando “cheguei” ao projeto muita coisa estava definida. O que para quem normalmente concebe seus projetos é bastante diferente, pois tenho de juntar a minha visão à visão do criador Artur Costa, e ajustar à realidade orçamentária. Com relação ao convite, fiquei superfeliz, pois se tratava de uma ousadia da parte deles, produtores, convidar um diretor de live-action para dirigir uma animação. Apesar de animação não ser uma novidade na minha vida profissional, pois já havia produzido curtas e piloto para séries e estava desenvolvendo uma série para público infantil, que estou neste momento dirigindo e produzindo.

 

Abordar a gastronomia no mundo infantil e as consequências que certamente virão é um ponto alto. Fale, por favor, um pouco mais sobre isso.

Quando conheci o projeto, amei de cara, pois amo cozinhar, e para mim é afetivo, meu pai e minha mãe cozinhavam muito bem, comecei a cozinhar com 14 anos, cozinhar era coisa do dia a dia na minha casa. Acho que o filme abre para o espectador, principalmente o infanto-juvenil, esta possibilidade.

 

Danton Mello, lembrando que o desenvolvimento do filme começou com a gravação da dublagem dos personagens da história, destacou que foi a primeira vez que teve essa experiência e que isso lhe deu total liberdade para construir a entonação. Explique, por favor, um pouco mais essa questão.

Bem, primeiro é uma questão técnica, é preciso ter as vozes para que os animadores possam “sincar” o movimento labial durante o processo de animação dos personagens. Mas acredito que quando se tem as vozes definitivas, com a força da interpretação, isso acaba por contaminar, de forma positiva, toda a equipe e permite pré visualizar o filme.

 

Já há planos ou algo mais concretizado para o “Chef Jack – O cozinheiro aventureiro” 2?

Sim, temos um belo projeto para "Chef Jack 2", que vem sendo bem trabalhado pelos nossos produtores, Giordano Becheleni e Luiz Fernando, da Pixel Produções e da Imaginni Studios.