CINEMA
Indielisboa anuncia vencedores de sua edição 2023
Por MYRNA SILVEIRA BRANDÃO
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Publicado em 07/05/2023 às 15:27
Alterado em 07/05/2023 às 18:11
O IndieLisboa divulgou os premiados de sua 20ª edição. A cerimônia, realizada no Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa, contou com a presença de diretores, atores e outros representantes da área cinematográfica.
Principais prêmios
O Grande Prêmio de Longa-Metragem Cidade de Lisboa foi para “Safe place”, de Juraj Lerotic, filme autobiográfico que parte de um evento traumático – uma tentativa de suicídio – para explorar as suas consequências na vida cotidiana de uma família.
“Vermelho bruto”, da brasiliense Amanda Devulsky, ganhou Menção Especial. O filme segue quatro mulheres (Jô, Eunice, Alessa e Fabiana) que ainda eram adolescentes quando se tornaram mães, durante a redemocratização do Brasil, na década e 1985-1995.
O prêmio Especial do Júri Canais TVCine foi para “Le barrage”, de Ali Cherri.
O prêmio de Melhor Longa-metragem Português Allianz foi para “Mal viver/Viver mal”, de João Canijo. O prêmio de Melhor Longa Metragem Português Nova FCSH, foi para “Astrakan 79”, de Catarina Mourão.
“Dias de Cama”, de Tatiana Ramos, ganhou o prêmio Novo Talento.
O prêmio IndieMusic foi para “Miúcha, a voz da Bossa Nova”, de Liliana Mutti e Daniel Zarvos, dividido com “The elephant 6 recording Co”, de C. B. Stockfleth.
O melhor curta-metragem português foi “Dildotectónica”, de Tomás Paula Marques.
O melhor filme da Mostra Novíssimos foi “A minha raiva é underground”, de Francisca Antunes.
O melhor longa-metragem da Mostra Silvestre foi conquistado por “Trenque lauquen”, de Laura Citarella. “Saint Omer”, de Alice Diop, ganhou Menção Especial.
O Grande Prêmio de Curta-Metragem foi “Suddenly TV”, de Roopa Gogineni.
O melhor curta-metragem de animação foi “Hotel Kalura”, de Sophie Koko Gate.
Filme de encerramento
“The adults”, de Dustin Guy Defa, foi o título que encerrou o festival. Protagonizado por Michael Cera, e no gênero que oscila entre o drama e a comédia, o filme segue três irmãos desiludidos com o idealismo da juventude e o cinismo da vida adulta.
IndieLisboa manteve o brilho de sua tradição
O festival apresentou uma programação de qualidade com mais de 300 filmes, divididos em nove mostras e sessões especiais.
Renomados diretores passaram pelo evento, como Anthony Lapia (“After”), Lola Quivoron (“Rodeo”), Lois Patiño (“Samsara”), entre outros.
Doze longas-metragens de vários países estiveram na Competição Internacional. Além de “Vermelho bruto”, de Amanda Devulsky, que, como dito, ganhou Menção Especial, o Brasil também marcou presença com “É noite na América”, de Ana Vaz.
A mostra de curtas-metragens exibiu 29 títulos vindos de vários países. Um dos destaques, ligado ao Brasil, foi “Black mousse”, de Ahmad Naboulsi, sobre a Feira Internacional de Tripoli, projetada pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, nos anos 60, em confronto com a Guerra Civil libanesa.