Crítica - ‘Missão: impossível – Acerto de contas, parte 1’, um filme eletrizante e dos melhores da série

Cotação: quatro estrelas

Por TOM LEÃO

A primeira parte do sétimo capítulo de 'Missão: Impossível' é não apenas um dos melhores filmes da série, como um dos melhores blockbusters do ano

Se depois de ter visto o último capítulo da série de filmes ‘Missão: impossível’ você se perguntou se eles poderiam ir mais longe do que já foram até ali, a resposta é sim! Chegando a sua sétima missão para lá de impossível, o agente ultrasecreto Ethan Hunt (Tom Cruise) não soa nem um pouco cansado ou nos cansa. A primeira parte da nova aventura é ainda mais eletrizante e de tirar o folego do que qualquer ‘Velozes & Furiosos’ ou James Bond recentes. Nós ficamos colados na cadeira, ora rindo (de nervoso), ora realmente nervosos.

Desta vez, o objeto misterioso que porá o mundo mais uma vez em perigo são duas simples chaves que, conectadas, podem controlar ou destruir o planeta ao despertar uma poderosa forma de Inteligência Artificial que pode invadir e alterar qualquer sistema operacional do mundo (e, como toda IA, aprende e melhora com o tempo, ficando autossuficiente). É claro que todas as forças do mal estão atrás dela. E as do bem (mais ou menos) também.

Cabe a Ethan Hunt e sua equipe nos livrar da ‘entidade’. No caminho deles está um belo trio de mulheres: a mercenária ‘viúva de branco’ (Vanessa Kirby, vista no filme anterior), uma assassina de poucas palavras (Pom Klementieff, de ‘Guardiões da galáxia’) e a novata e sexy ladra Grace (Halley Atwell, a ‘Agente Carter’ da TV). De quebra, completa o time de beldades a conhecida ex-agente do MI6, Ilsa (Rebecca Ferguson, de ‘Duna’). Time de fazer inveja a qualquer bond movie. O vilão-mor da vez é Gabriel (Esai Morales, de ‘La Bamba’!).

Já as cenas de ação e trabalhos dos dublês estão cada vez mais espetaculares. Fora a já famosa cena de Cruise (ele mesmo) saltando de moto num penhasco e, depois, pousando de paraquedas sobre o Orient Express (!), à beira de abismos, já são de tirar o folego. Mas, ainda tem perseguições insanas por Roma e um final espetacular no trem, que parece o afundamento do Titanic sob outra perspectiva.

O filme mescla cenas de ação, com humor (as máscaras de borracha, cada vez mais bizarras), uma pitadinha de romance, alguma tragédia e drama. E Cruise é o rei de seu jogo. Ele nunca esteve tão bem em nada do que fez antes, do que nos filmes desta série (e, mais ainda, nos últimos filmes, dirigidos e escritos por Cristopher McQuarrie). E cada vez a aposta é maior. Onde isso vai parar? Só saberemos na continuação. Agora, só nos resta sentar na poltrona e se divertir com essa maravilha do cinema blockbuster.

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COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.