CINEMA

Crítica - ‘Venom, a última rodada’: desfecho ok de uma trilogia de herói menos popular dos quadrinhos Marvel

Cotação: duas estrelas

Por TOM LEÃO

Publicado em 02/11/2024 às 19:26

Alterado em 02/11/2024 às 19:26

O desfecho da série não é dos melhores, mas divertirá os fãs do simbionte Foto: divulgação

Este novo filme (o terceiro) com o personagem Venom é dirigido pela roteirista dos dois anteriores, Kelly Marcel, o que garante alguma unidade e continuidade ao trabalho. A relação esquisita e humorada entre o hospedeiro e o simbionte continua engraçada e cheia de piadinhas referenciais. Mas este não é tão empolgante quanto poderia (e algo fraco para ser um desfecho).

Ele começa logo após a ceninha final do filme anterior, na qual Eddie (um jornalista que caiu em desgraça, feito por Tom Hardy), num bar no México, e já parte pra ação que se passa, quase toda, na famosa Área 51, no deserto de Nevada. Daí que, em vez de San Francisco (onde os dois filmes anteriores se passam), temos agora Las Vegas. E um exército de monstros e simbiontes que batalham entre si para garantir o futuro (ou o fim) da humanidade. Não é feita NENHUMA menção à namorada de Eddie (feita por Michelle Williams, nos anteriores).

Apesar das locações nos EUA (embora o deserto seja em Murcia, na Espanha, como nos filmes de faroeste italianos), o elenco principal é quase todo inglês (assim como Hardy e a diretora): temos Juno Temple (‘Ted Lasso’), como uma cientista, e Chiwetel Ejiofor (‘12 anos de escravidão’), como um militar, além de Rhys Ifans (‘House of the dragons’), como um hippie em busca de aliens na Área 51. Como o título e as frases no cartaz indicam, é a despedida do simbionte a Eddie. Não que ele, o simbionte, não possa voltar em outro hospedeiro. Em cinema comercial, o fim nunca é o fim de fato.

E assim como o filme do Morbius (outro personagem menor da Marvel que pertence ao ‘aranhaverso’ e é propriedade da Sony, não da Disney), é apenas uma adaptação -- algo barata -- de HQs para a tela grande (como aqueles filmes de quadrinhos dos anos 90), sem maiores ambições de ser um blockbuster, como os megafilmes da Marvel. Por isso, não decepciona. É apenas diversão corriqueira, que deve amealhar uns bons milhões.

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COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.

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