CINEMA
Crítica - ‘Gladiador II’: desnecessário, mas satisfatório
Por TOM LEÃO
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Publicado em 06/12/2024 às 12:53
Alterado em 06/12/2024 às 12:54
Passaram-se 24 anos desde que o primeiro ‘Gladiador’ (2000), de Ridley Scott, trouxesse de volta um tipo de filme que estava (então) fora de moda, os épicos de ação passados na Roma antiga e arredores. Por causa do sucesso alcançado pela superprodução, que foi indicada a 12 Oscars, levando, entre outros, o de melhor filme e melhor ator (Russel Crowe, que fez o protagonista, Maximus), vieram outras produções nessa pegada, mas que não fizeram o mesmo sucesso, como: ‘Tróia’ (2004), de Wolfgang Peterson; e ‘Alexandre’ (2004), de Oliver Stone.
O que temos agora? Como vimos no anterior, Maximus caiu nas graças de Lucilla (Connie Nielsen), mulher do imperador, e gerou um filho com esta, Lucius. No filme anterior, Lucius é mandado para longe de Roma, para a sua própria segurança, e o filme acaba assim, após a morte de Maximus na arena. Pulamos 24 anos e encontramos Lucius, já um homem feito, e usando o nome de Hanno, vivendo numa aldeia longe de Roma, mas que acaba sendo conquistada pelo general romano Marcus Acacius (Pedro Pascal). Com isso, Hanno é levado a Roma como escravo e, por conta de seus dotes físicos, acaba virando gladiador.
Roma agora é uma cidade decadente, comandada pelos irmãos Geta (Joseph Quinn) e Caracalla (Fred Hechinger), loucos e incompetentes. Então, o maquiavélico Macrinus (Denzel Washington, roubando cenas) arquiteta um plano para destroná-los, ao descobrir que Henno é ninguém menos do que Lucius, filho da imperatriz Lucilla (personagem remanescente do filme anterior, feito pela mesma Connie Nielsen), ou seja: é o príncipe de Roma. Por sua vez, Lucius tem seus próprios planos para se vingar da morte do pai e do abandono da mãe.
Assim, em meio a essa trama novelesca de vingança e conspiração, temos muitas cenas de lutas passadas na arena do Coliseu, mais violentas que antes. Se não é tão empolgante e emocionante quanto o anterior, pelo menos é eficiente em suas cenas de ação (uma delas, num Coliseu transformado em piscina com tubarões!), mostrando que, aos 89 anos, Ridley Scott ainda sabe filmar em grande escala.
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