Crise da Nissan deixa diretores sem benefícios
No ano fiscal 2006, que terminou em março, o lucro anual por operações da Nissan foi de 776,9 bilhões de ienes (US$ 6,583 bilhões), contra os 871,8 bilhões de ienes (US$ 7,388 bilhões) de 2005. As vendas de 3,483 milhões de veículos ficaram 2,4% abaixo comparadas ao ano anterior.
A companhia japonesa controlada pela Renault, que tem 44% das ações, destinou no ano fiscal 2005 um total de 390 milhões de ienes (US$ 3,2 milhões) para pagamentos extraordinários a Ghosn e outros três diretores.
Segundo a agência de notícias Kyodo, é a primeira vez que Ghosn toma a medida desde que chegou ao Japão, em 1999, enviado pela Renault para administrar a empresa japonesa. De acordo com o executivo, houve o corte do pagamento extraordinário para que os diretores assumam a sua responsabilidade pelos maus resultados da marca.
A Nissan atua no Brasil desde 1998 e inaugurou - em conjunto com a Renault, em 2001 - a primeira fábrica da Aliança no mundo, situada no Paraná. Em setembro de 2006, a empresa lançou o plano Mercosul, que prevê o lançamento de seis novos modelos até 2009, além da duplicação da rede de concessionárias e de investimentos de US$ 150 milhões durante o período. Em maio de 2007, a Nissan atingiu 65 pontos de venda no processo de implantação de sua rede de concessionárias no Brasil. Em 1998, eram 17 os pontos de venda.
Em fevereiro, Ghosn afirmou que a Nissan passava por uma crise de desempenho e em março abandonou suas funções como responsável na Nissan nos Estados Unidos para se dedicar a recuperação dos negócios da empresa no mundo todo.