CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Igrejas com inscrições religiosas e assentamentos cristãos do século V descobertos no Egito
Por Jornal do Brasil
redacao@jb.com.br
Publicado em 14/03/2021 às 18:16
Alterado em 14/03/2021 às 18:19

Os arqueólogos desenterraram "vários edifícios feitos de basalto, outros esculpidos na rocha e alguns de tijolos de adobe", durante a sua terceira campanha de escavação no sítio arqueológico de Tal Ganoub Qasr al-Agouz, no oásis de Bahariya, relata o ministério em comunicado.
O complexo é composto por "seis setores com ruínas de três igrejas e celas de monges" cujas "paredes ostentam grafites e símbolos com conotações coptas", disse Osama Talaat, chefe do setor de Antiguidades Islâmicas, Coptas e Judaicas do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.
O chefe da missão, Victor Ghica, disse que "19 estruturas e uma igreja esculpida na rocha" foram descobertas em 2020.
???? ?????? ??????? ????????? ???????? ??????? ????? ?? ???? ??? ?????? ???????? ??????? ?? ??? ?? ??????? ?? ??? ??????? ????????? ?? ????? ?????? ?? ????? ?????
— Ministry of Tourism and Antiquities (@TourismandAntiq) March 13, 2021
The Norwegian French Mission discovered Mud brick buildings dating to the 4th & 7th centuries AD in Bahariya Oasis pic.twitter.com/98odX0Mgj4
Missão franco-norueguesa descobriu edifícios de tijolos de adobe datados dos séculos IV e VII d.C. no oásis de Bahariya.
As paredes da igreja estavam decoradas com "inscrições religiosas" e passagens bíblicas em grego revelando "a natureza da vida monástica na região", disse Ghica em comunicado.
Isto demonstra claramente que os monges estavam presentes nesta área desde o século V, nota Ghica, acrescentando que a descoberta ajudou a entender "a evolução gradual dos edifícios e a formação das primeiras comunidades monásticas" nesta região do Egito.
De acordo com o Instituto Francês de Arqueologia Oriental, responsável pela missão, o local remoto, localizado no deserto a sudoeste do Cairo, a capital egípcia, foi habitado desde o século IV ao século VIII, com um provável pico de atividade por volta dos séculos V e VI, escreve Times of Israel. (com agência Sptnik Brasil)