Banda larga móvel abre novo campo de receita para GVT no país
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SÃO PAULO - A chegada da banda larga móvel graças às redes de terceira geração no país está impulsionando uma nova linha de negócio para a GVT: a venda de infra-estrutura (backbone) para operadoras de celular, que não têm rede própria suficiente para chegar à casa do cliente na oferta de Internet.
A GVT tem essa capacidade por conta da compra da Geodex, empresa de infra-estrutura para operadoras, no final do ano passado. Segundo Leonardo Queiroz, vice-presidente da unidade de negócios corporativos da empresa, a GVT se beneficia por não ter vínculo societário com nenhuma das empresas nem competir com elas, já que não atua na telefonia móvel.
- Hoje, se a Oi precisa de backbone não vai comprar da Telefônica, por exemplo. Prefere da GVT, disse.
A demanda das operadoras por banda "no atacado" acontece tanto dentro das cidades como no transporte de dados de uma cidade a outra, segundo a GVT.
A receita de transporte de dados vendido às operadoras teve um salto de 159 por cento no terceiro trimestre deste ano frente a igual período de 2007, enquanto a receita total da GVT cresceu 35 por cento.
Esse serviço é contabilizado pela GVT dentro da linha de negócios corporativos, que hoje respondem por 25 por cento do faturamento total da companhia. No período de julho a setembro, a GVT faturou 955 milhões de reais.
Queiroz informou que a GVT vende acesso à última milha hoje para operadoras como Vivo, TIM, Claro, Oi, Sercomtel, Brasil Telecom e - para quase todas as operadoras VoiP do país.
A rede da Geodex tem extensão de 11 mil quilômetros, mas a GVT prevê ampliar essa infra-estrutura diante da demanda. A empresa se prepara para ampliar a rede em pelo menos um quarto da capacidade atual nos próximos cinco anos, mas ainda não definiu os investimentos necessários.
- Já estamos em construção em algumas áreas, disse Queiroz.