Cientistas criam teste que prevê se relacionamento vai durar

Portal Terra

UNIVERSIDADE DE ROCHESTER, ESTADOS UNIDOS. - Um novo teste pode predizer se um relacionamento vai durar ou não, dizem os pesquisadores. O teste baseia-se em uma tarefa de associação de palavras frequentemente utilizada para avaliar o racismo e o preconceito. Desta vez, o teste dedicava-se a revelar o que os parceiros realmente pensam uns dos outros, mesmo que eles não percebam isso. A pesquisa foi publicada na revista especializada Psychological Science.

A maioria das pesquisas anteriores sobre o sucesso das relações centrava-se em perguntar diretamente a casais como um se sente sobre o outro. "Mas a dificuldade com isto é que supõe que eles conheçam a si mesmos e saibam quão felizes são, o que nem sempre é o caso", disse o pesquisador Ronald D. Rogge, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. "Para piorar as coisas, muitas pessoas não querem admitir se estão começando a se sentir menos felizes em seu relacionamento."

O novo estudo envolveu 222 voluntários, todos em relacionamentos amorosos no momento do estudo. Cada voluntário fornecia o primeiro nome do seu parceiro e duas outras palavras relacionadas a ele, como um apelido ou uma característica distintiva.

Em seguida, assistiram a um monitor onde três tipos de palavras eram apresentadas uma a uma - boas palavras (como a paz, férias ou partilha), palavras ruins (como morte, tragédia e críticas) e palavras relacionadas com o parceiro (nomes ou traços).

Havia dois tipos diferentes de testes: um em que o voluntário deveria pressionar a barra de espaço sempre que ele ou ela viam uma das palavras boas ou relacionadas ao parceiro e um em que tinham que combinar as palavras ruins e as relacionadas aos parceiros. O teste era para obter a reação automática das pessoas às palavras - se eles apresentavam associações geralmente boas com os seus parceiros, eles deveriam ser capazes de fazer a primeira tarefa com mais facilidade do que a segunda.

Os resultados mostraram que os voluntários que acharam mais fácil associar seus parceiros com as coisas ruins e acharam mais difícil associar o parceiro com as boas coisas eram mais propensos a se separar durante o próximo ano.

O teste também fez um trabalho melhor em prever uma separação do que um exame antes do início do estudo em que os pesquisadores pediram aos participantes um relatório sobre a força de seus relacionamentos.

"Ele realmente está nos dando uma visão única de como as pessoas estavam se sentindo sobre os seus parceiros - nos dando informações que não puderam ou não quiseram colocar no relatório", disse Rogge.