Museu de Astronomia completa 25 anos

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Jornal do Brasil

RIO - O Museu da Astronomia e Ciências Afins (Mast) está celebrando 25 anos, de olho nas estrelas e pés no chão. A instituição, além de ser um centro de pesquisas, aposta cada vez mais na aproximação com o público e com a democratização do saber científico.

Suas instalações, num verdejante terreno nas vizinhanças do Pavilhão de São Cristóvão e da Quinta da Boa Vista, vêm se notabilizando por exposições e atividades que levam à população conhecimento sobre uma das atividades científicas mais antigas, que sempre despertou grande curiosidade no ser humano.

Em seu amplo campus, com cerca de 40 mil metros quadrados, está guardado um abrangente acervo documental de grandes cientistas brasileiros, além de equipamentos e instrumentos criados e utilizados ao longo do tempo e que remontam ao século 19.

No campo do ensino, o Mast realiza um importante trabalho, ao capacitar pesquisadores de todas as partes do país, atraídos por seus cursos de pós-graduação, em áreas como história da ciência, educação em ciências e bens culturais, entre outros.

O museu tem prestígio e importância por aquilo que a gente não vê, que é o segmento de pesquisa e documentação. Há no Mast um grande trabalho em prol da ciência que subsidia e orienta as exposições para o público esclarece o diretor da instituição, Alfredo Tiomno Tolmasquim.

A edificação que hoje abriga o Mast foi erguida em 1920, para sediar o Observatório Nacional. Passado mais de meio século, em 1982, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriu o caminho para a criação do museu, ao lançar o Projeto de Memória de Astronomia e de Ciências Afins. Assim, em 1985, o projeto deu lugar à criação do Mast.

Novos projetos

O Mast prevê a construção de uma biblioteca, que deve ficar pronta no próximo ano. Em maio, ficou pronto o prédio que abrigará o Centro de Preservação do Patrimônio Histórico Brasileiro de Ciência e Tecnologia. Nele, será reunida toda a área técnica do Mast, com novos laboratórios e áreas de guarda de acervo climatizadas, incluindo o Laboratório de Conservação de Objetos Metálicos, que pode ser considerado o primeiro laboratório da América Latina especializado em preservação de instrumentos científicos históricos.

Antes, nossos laboratórios funcionavam em locais improvisados explica o diretor. O pesquisador que vinha consultar nosso material precisava dividir o mesmo espaço com a equipe que organiza o acervo Com a nova construção, haverá locais específicos para cada tipo de atividade, e o prédio principal do museu será dedicado exclusivamente a exposições.

Exposições

Atualmente, estão em cartaz as exposições:

As Estações do ano: Terra em Movimento, com informações sobre ciclos dos dias e das noites, fases da Lua e estações do ano;

Leonardo da Vinci: maravilhas mecânicas, esboços de helicópteros, submarinos, paraquedas e máquinas voadoras;

Fotografia, ciência e arte, com imagens do Cosmos pertencentes ao acervo do museu de São Cristóvão.