Homem vivia na altitude há 50 mil anos na Nova Guiné

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Vestígios encontrados nas altas mesetas da Nova Guiné revelam habitação humana a 2 mil metros de altitude há cerca de 50 mil anos, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.

Trata-se da presença humana mais antiga que se conhece a uma altitude tão elevada.

Isolado pelo oceano, Sahul - o continente que no passado reunia Austrália e Papua Nova Guiné - foi a última grande extensão de terra colonizada pelo homem moderno, destaca este estudo publicado na revista americana Science.

O grupo de pesquisadores, liderado por Glenn Summerhayes, um antropólogo da universidade de Otago, na Nova Zelândia, descobriu fragmentos carbonizados de frutos de pândano, uma árvore ainda utilizada hoje por suas folhas.

Neste locais também foram encontradas pedras talhadas, provavelmente utilizadas para cortar a vegetação, incluindo árvores.

Segundo os antropólogos, estes homens pré-históricos cortavam as árvores para deixar a luz do sol passar visando seus cultivos.

Provavelmente tinham roupas para protegê-los do frio. A esta altitude, a temperatura durante o dia é de 20 graus, mas cai para zero grau a noite, destaca o estudo.