Design, inteligência e futuro

Por RICARDO SALLES

...

Linhas perfeitas, integração à natureza, funcionalidades e eficiência. Qual é a cidade que queremos? Como a queremos? O que ela precisa incorporar para melhor nos atender? A que custo? Como ela terá sua sustentabilidade garantida? Como ela deve se integrar, na sua região, com as cidades circunvizinhas? Qual a visão de futuro?

São essas as questões que devem ser respondidas quando pensamos em cidades inteligentes. E o que é inteligência? Inteligência é a capacidade de compreensão, resolução de problemas e adaptação a novas situações. Dizem alguns que não devemos envolver sentimentos para não influenciarmos emocionalmente as respostas que precisamos dar. Por este prisma, falaremos em inteligência emocional, o que nos remete à mais fria e assertiva forma que é a construída na Inteligência Artificial. Pronto, chegamos à inteligência possível de ser construída em cidades.

O primeiro passo, no meu entender, deve ser o estudo urbanístico dos diversos núcleos de uma cidade, os bairros. Cada bairro tem características próprias e cumpre um papel específico no contexto da cidade. Há algum tempo falava-se em setorização das cidades, já sabemos que não é o mais adequado atualmente, nem socialmente, nem ecologicamente. Cada núcleo deve atender às necessidades de quem ali vive. Este mix cria a vida dos bairros, permite que pessoas morem, trabalhem, se divirtam e abasteçam suas despensas a pé. Claro que cada região com vocações mais específicas, algumas com mais diversão, outras com centros comerciais maiores e diversificados, e outras mais industriais, mas todas elas podem ser independentes e, mesmo independentes, relacionarem-se com as demais de forma bem ativa. O arquiteto e urbanista Eduardo Matielli, desta nova geração, afirma que “Precisamos de cidades mais amigas do cidadão, se eu quiser ir de bicicleta trabalhar, a cidade deve promover as condições adequadas”, diz. “Não há como se falar em carros elétricos se hoje minha geração entende que não precisa ter o bem, carro, parado 23 horas do dia. Quando preciso para viajar, eu alugo o que melhor atenda a minha necessidade. Nós urbanistas devemos interagir mais, trazendo ao poder público a técnica e ajudando, neste caso, à viabilização de projetos de micromobilidade (bicicletas, patinetes, skates etc.), isso sim é ESG”, completa. Eduardo nos traz um projeto de geração de energia com painéis fotovoltaicos perfeitamente integrados ao ambiente e com múltipla funcionalidade, geração de energia, cobertura e alimentação elétrica para veículos.

os recursos.

Gostou desse assunto? Tem algum projeto que auxilie na melhoria de sua cidade? Mande um e-mail e vamos conversar.