CIDADES INTELIGENTES
Inteligência preserva vidas e patrimônio
Publicado em 19/08/2021 às 15:35
Alterado em 19/08/2021 às 15:35
Tragédia anunciada, vamos continuar sem gestão e sem a mínima inteligência? Onde está a sociedade civil organizada para monitorar? Não somos onipresentes nem eficientes em 100% do tempo, logo precisamos de sistemas inteligentes que nos auxiliem. As formas de automação de processos são o caminho para eficiência e segurança.
Vimos a repetição de uma tragédia no dia 29 de julho (incêndio no galpão da Cinemateca Brasileira), nada acontece de uma hora para outra, sinais são passados e o ser humano, responsável pela gestão daquele determinado processo, pode falhar (e tem falhado mais do que o aceitável). Se há o entendimento de um risco iminente, o sistema deve ser desligado e aí está uma falha do ser humano que, com um sistema de automação inteligente, não ocorreria.
É evidente que precisamos de gestores capacitados para administrar edificações, sejam elas públicas ou privadas, mas para auxiliá-los e até mesmo preservarmos a vida e o patrimônio é preciso abarcar a tecnologia que já está disponível. Não precisamos ter sistemas complexos, mas sim, aqueles que atendam minimamente às necessidades de cada tipo de operação.
Uma cidade inteligente precisa que seus equipamentos (prédios, praças, parques etc.) sejam inteligentes e integrados a um centro de operações. Isso auxilia não só na prevenção de acidentes, mas também no monitoramento do cumprimento das regras de operação, segundo a legislação e as normas ABNT.
Um bom exemplo seria o Corpo de Bombeiros sendo avisado pelo sistema de um foco de incêndio. Sabemos que do momento em que se inicia o incêndio, ao momento em que o socorro é acionado, existe um espaço de tempo e este pode ser crucial na mitigação do acidente.
Controles IOT que registram e alertam com relação ao nível de CO2 podem trazer a informação da qualidade do ar e da renovação de ar em um ambiente condicionado. A transparência é muito importante, e a facilidade das Vigilâncias Sanitárias em monitorar os ambientes de uso público ou coletivo traz eficiência e redução de custos.
Considerando outro ponto de extrema relevância, a segurança, sistemas de monitoramento de acesso a equipamentos públicos e propriedades privadas devem ser implantados e conectados, evidentemente, os dados devem ser tratados com o que preconiza a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados.
Hoje vários sistemas fazem, por exemplo, a coleta de impressões de faces, e estas podem cruzar com os registros nos bancos de dados dos Departamentos Estaduais de Trânsito - Detran ou mesmo das polícias, para identificar possíveis delinquentes, e ainda guardar aquelas informações (imagens e vídeos) para, caso ocorram delitos, a polícia possa fazer a investigação, aumentando substancialmente a assertividade.
O custo que a sociedade paga pela estrutura dos departamentos de polícia, do judiciário e até mesmo com a redundância das seguranças privadas (que só existem pela ausência de eficiência deste sistema atual) é muito alto. Investir em monitoramento é urgente, mas que sistema usar? Vamos escolher um que se conecte com facilidade aos sistemas dos Centros de Operação das Prefeituras, dos Governos dos Estados e até do Governo Federal.
Para que haja essa fundamental integração, é muito importante que além da clareza da necessidade, o chefe do executivo entenda e formalize um plano diretor definindo as bases. A Cidade do Rio de Janeiro tem uma grande oportunidade, hoje existe um plano diretor sendo proposto pelo Poder Executivo, ainda em consulta pública. As cidades inteligentes se planejam e discutem com a população e a sociedade civil organizada a direção a ser seguida.
Busque sua associação de moradores, a associação comercial do seu bairro e participe da construção da cidade que você quer.
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