CIDADES INTELIGENTES
Aeroportos
Publicado em 06/05/2022 às 13:06
Alterado em 06/05/2022 às 13:53
A transformação da sociedade alcançou os aeroportos, vetores importantes no desenvolvimento das cidades, ainda mais as candidatas a inteligentes. Estes vêm sofrendo com a substituição das reuniões presenciais pelas virtuais, aí é que entra a virtualização. O metaverso é só uma das novas ferramentas neste novo e eficaz mundo dos negócios.
Você pode simular sua presença em outro local, mas as mercadorias compradas no mundo virtual (principalmente) aceleram as demandas de cargas, parte esta que já é a mais lucrativa e tende a crescer cada vez mais. As compras a cada dia saem mais das lojas físicas e o mundo passa a ser o shopping das pessoas e das empresas, sendo a internet o meio e as rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, a parte logística que têm feito estas mercadorias chegarem até você.
Há 10 anos surge um conceito que ressignifica um hub aeroportuário, a aerotrópolis. John D. Kasarda, em sua tese, traz a visão de que aeroportos começam a adotar o modelo de cidade-aeroporto, desenvolvendo terminais em seu entorno. Aeroportos, passam a assumir uma condição de distrito comercial/industrial, onde a logística é o tema central.
Um dos principais aeroportos do Brasil é hoje o foco de nossa atenção, o Galeão, pois além de sua centralidade, está dentro da Baía de Guanabara, com uma área bem extensa e com todas as condições para se adaptar às transformações necessárias.
Os três níveis de governo devem se unir a iniciativa privada em prol do desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da população. Podemos observar nas imagens a seguir que em um raio de 200km há uma pequena interseção entre os três principais aeroportos internacionais brasileiros, o de Guarulhos-São Paulo, o de Viracopos-Campinas SP, o de Confins-Minas Gerais e o famoso Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro.
O Aeroporto do Rio de Janeiro, além do potencial de passageiros de turismo, é um grande hub de cargas, muito facilitado pela localização e a intermodalidade. Como exemplo, podemos imaginar que as cargas que chegam pelas aeronaves podem ser redistribuídas por cabotagem.
Considerando que o turismo de negócios caiu e sofre para se recuperar, e que o de lazer tende a crescer, precisaremos observar mais atentamente e entender como será a nossa interação a partir deste cenário.
Quais os motivos que nos levarão a uma interação pessoal, seja no trabalho ou mesmo em família? O que nos motivará a nos mover de um lado para o outro? Quais as experiências que só viveremos presencialmente e quais as que poderão ser experimentadas pelas videoconferências, ou até mesmo em uma imersão holográfica?
As experiências presenciais estão relacionadas a algumas modalidades de turismo, a cultural, ao ecoturismo, ao rural, ao de esportes e de aventura, ao de sol e praia e ao de saúde. São esses os que têm o maior potencial de crescimento. Temos buscado mais e mais qualidade de vida.
Já por outro lado, experiências presencias de negócios e eventos tendem a diminuir. Grande parte destas já foram para o mundo virtual e de lá não voltarão.
Shows acontecerão na sala de sua casa, onde quer que ela esteja. O 5G é o meio que viabilizará isso tudo, e daí em diante o Rock será in home.
Os gestores de aeroportos, antes de pensar em tecnologias avançadas, precisam entender rapidamente a nova realidade e o que atrairá o público, a arquitetura e o design passam a ser aliados fundamentais . Um bom exemplo é o aplicado em Singapura, o qual recebe anualmente um público de quase 60 milhões de passageiros.
Sabemos que grande parte de turismo de negócios, mesmo assim, é muito maior que o do Brasil. O vídeo abaixo exemplifica esta aventura que começa quando você põe o pé no aeroporto. Ali você pode, tanto na partida, quanto na chegada, ter os primeiros contatos mais imersivos com seu destino. Assista o vídeo a seguir e entenda como.
As aeronaves e os aeroportos ainda deixam uma importante pegada de carbono e estes podem e devem contribuir para descarbonização. Um bom caminho é a adoção do uso de energias limpas que contribuam com a economia circular. A eficientização dos sistemas de ar-condicionado e o uso de biogás para geração de frio, não só traz economia real para a operação, como tira o sistema da necessidade de uso de térmicas que usam combustíveis fósseis, e da hidroelétrica, que ano após ano enfrenta crises.
Estamos caminhando para melhoria da sustentabilidade neste segmento, o Airports Council International – ACI, anunciou ontem que a Infraero é o novo membro do escritório regional da entidade e que aeroportos no Brasil começam a se certificar. Este é um passo importante no processo que precisa caminhar em conjunto com o desenvolvimento de soluções de SAF - Sustainable Aviation Fuel,
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