Identificando necessidades pelas mídias sociais
As mídias sociais são a forma de socialização possível no momento. Aqui a defesa para vírus é um bom firewall e o remédio é o antivírus.
As maiores redes sociais se dividem basicamente em 3 blocos, as de compartilhamento de vida como o Facebook com quase 2,5 bilhões de usuários, o Instagram com 1 bilhão e o LinkedIn com 0,6 bilhão, o Youtube com 2 bilhões onde são compartilhados vídeos, assim como o Tik Tok com 0,8 bilhão, na linha de comunicação por voz ou vídeo temos o WhatsApp com 2 bilhões e o Messenger com 1,3 bilhão. É claro que estamos em mais de uma rede destas, mas acredito não ser demais pensar que 2 bilhões de pessoas se comunicando através destas redes. Este número corresponde a 25% da população mundial. No Brasil estamos falando de mais de 50% da população se comunicando desta forma. Bom, base de dados existe é certamente consistente.
Um grande negócio por trás das redes é a captura de comportamento, vontades, alegrias e tristezas, expressadas das mais diversas formas pelos usuários. Vamos entender mais um pouquinho sobre isso. Há alguns meses a polícia interceptou a vontade de torcedores de dois times de futebol em realizar um confronto antes da partida. Isso só foi possível pelo monitoramento destas redes. Para este monitoramento são desenvolvidos sistemas que alimentam banco de dados e analisam estes comportamentos. Com o aumento das informações coletadas e as medidas tomadas sobre cada análise realizada, o sistema aprende e começa a responder mais assertivamente.
Cidades que fazem uso deste sistema de informações podem ser mais responsivas, pois a tendência é identificada e ações podem ser tomadas antes mesmo que se transforme em um pedido da população.
Vamos olhar por dois pontos, o primeiro do cidadão que ficará satisfeito por perceber que a cidade está em constante melhoria, e melhoria dentro de suas necessidades. Do lado do político que quer entender as necessidades da população, estes dados fazem com ele possa trazer a mesa, antes de todos, soluções que atendam ao povo.
Outra informação importante é a empresa de trânsito saber quantas pessoas estão em cada região da cidade, que horas pretendem retornar para casa. Claro que são informações referenciais, nunca absolutas, mas são muito importantes.
Outro sistema muito interessante é um que tem tomado corpo nos últimos meses, o de reconhecimento facial, não só para reconhecer pessoas, mas para também entender reações analisando expressões faciais. Este sistema pode por exemplo identificar o humor de pessoas quando acessam o transporte público.
Podemos falar muito sobre recursos disponíveis e demandas das cidades inteligentes, mas o mais importante é apontar caminhos possíveis.
Há alguns anos liderando jovens empresários do sudeste brasileiro, percebi que havia uma grande necessidade por informações de um lado e de outro jovens empresários talentosíssimos e prontos para capturar e analisar estas informações. Entendendo o volume de trabalho e que o maior beneficiário seria a população das cidades, buscamos o poder público para esta parceria. As prefeituras têm largos bancos de dados para relacionarmos as informações e poderiam diminuir consideravelmente o custo de suas operações com uso desta inteligência. Não tivemos as respostas necessárias, não entenderam ou não quiseram entender o como isso seria transformador.
Trazendo para hoje, entendo que devemos criar novamente este movimento, podemos agir descolados do poder público, trazendo para iniciativa privada a exclusiva força indutora.
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