Clássico inconveniente para o Fla
O duelo de sábado contra o Vasco, pelo desgastado carioquinha, tornou-se um estorvo para o Flamengo. Vindo de uma viagem longa e cansativa à Bolívia, onde obteve vitória importantíssima, num jogo extremamente desgastante nos 3.700 metros de altitude de Oruro, o rubro-negro tem como foco principal o próximo compromisso pela Libertadores, na próxima quarta-feira, contra a LDU, no Maracanã. Por isso mesmo, Abel já decidiu e está certíssimo: escalará um time de reservas contra os vascaínos.
Em alguns casos, serão reservas dos reservas, por causa das contusões: Uribe, por exemplo, torceu o tornozelo, no treinamento antes do confronto contra o San José. E Berrío sentiu um problema muscular. Com a venda de Henrique Dourado e a volta de Lincoln machucado, da seleção sub-20, só há um centroavante disponível no elenco: o jovem Vitor Gabriel, artilheiro nas divisões de base e recentemente promovido aos profissionais.
Seja qual for o time que Abel mandar a campo, o Flamengo, naturalmente, entrará para lutar pela vitória contra o Vasco. Mas, nos bastidores da Gávea, o resultado do clássico pelo estadual é o que menos importa ao neste momento.
Arrascaeta é banco
Possivelmente, Arrascaeta será titular contra o Vasco. Mas já está mais do que na cara que, nas atuais circunstâncias, num jogo pra valer, ele não tem lugar no onze rubro-negro. Torto, pela direita, não consegue produzir e, na esquerda, Bruno Henrique é absoluto. Escalá-lo no lugar de Diego tampouco parece ser a solução, pois o camisa 10 faz boa temporada e é muito mais combativo que o uruguaio.
Essa falta de competitividade tem se mostrado, aliás, o maior problema do milionário reforço vindo do Cruzeiro. Em termos técnicos, ele é ótimo, mas seu jeito blasé em campo é de exasperar frade de pedra - que o diga a apaixonada e exigente torcida rubro-negra. Basta lembrar os dois gols que entregou, contra o Fluminense e a Portuguesa. E o nada que ajudou na marcação, no primeiro tempo contra o San José, na Bolívia. Arrascaeta é aquele tipo de jogador que, quando está com a bola nos pés, anda muito mais do que corre em campo. Característica que nunca combinou com a camisa do Fla.
Com o uruguaio e com Vitinho, o banco de reservas do Mais Querido é, com certeza, o mais caro do futebol brasileiro. E a prova maior de que gastar bem ainda é uma ciência que os dirigentes rubro-negros (da atual e administração e da anterior) têm enorme dificuldade em dominar.
Força, moleque!
Que lástima a contusão de Vinícius Jr. Mas ele é jovem e, certamente, se recuperará até mais rapidamente do que se espera. Sua oportunidade na seleção surgirá de novo, em breve. Futebol ele tem de sobra.
Perguntar não ofende
Será que alguém ainda acha que César deveria ser o goleiro titular do Flamengo, no lugar de Diego Alves?