E lá vem o verão 22/23
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Já começaram os dias de 30 graus, um anúncio do verão. É a estação mais importante para o varejo de moda, já que boa parte do país vive com calor e só tem casacos para enfrentar o ar-condicionado dos ambientes.
Temos que acreditar nas tendências estéticas, para marcar um tempo, além das ações em busca de sustentabilidade, concorrência com produtos internacionais e consideração com animais. Mas ainda dá um certo prazer saber que veste ou calça algo novo, e se é novo, por não escolher pela cor ou textura? Então, vamos aos pontos principais do verão 22/23:
Brilho: impossível ignorar esta nova liberdade de poder sair de casa às sete da manhã com uma sandália que ofusca os olhos, de tantas pedras e detalhes brilhantes. Ou usar uma calça de paetês com um tênis All Star. Basta ver as vitrines da Arezzo, na collab com a PatBo, marca da mineira Patricia Bonaldi, que nunca abandona os brilhos e bordados em suas coleções luxuosas. Ou as peças da gaúcha Claire Juliani.
Cores: muitas apostas no pink, no rosa escandaloso. Nos desfiles, também muito azul, que pode ser chamado de azul Bic, azul Klein, aquele azulão royal das tintas guaches. O branco também continua forte, mas estranhamente as cariocas preferem que os vestidos sejam os uniformes de Ano Novo. Para o dia a dia, adoram as camisas da Lenny Niemeyer, da Aline Rocha, do piauiense Otavio Meneses.
Texturas: ou materiais, como queiram. Muitas tramas nas bolsas da Chilaze, muita resina colorida, como as novidades da Claudia Duarte. Em joias, Katia Cohen indica a pérola, um clássico de moda, consagrado por Chanel. Katia afirma que pérolas têm significados no mundo espiritual, como a feminilidade, pureza e até propriedades de cura e purificação.
Sustentabilidade: o Kind Leather não é exatamente o que se imagina, um sintético feito com cogumelos. É um couro que só aproveita o melhor do animal e que no processo reduz o consumo de águia, energia e produtos químicos, deixando as sobras para as indústrias de beleza, alimentos e produtos farmacêuticos. De qualquer forma, o Kind Leather faz belas bolsas criadas pela Mariana Greco, na marca Meggy.
Outra boa ideia, já em ação, é o aplicativo Shareitt, criado em Israel há dois anos por Arie Bem David e Michael Malul. A proposta é disponibilizar itens novos ou de segunda mão, que não são mais usados e que podem ser trocados, sem gastos de dinheiro. O aplicativo chegou ao Brasil em abril deste ano, trazido por Fernanda Junqueira, que assumiu o cargo de diretora de desenvolvimento de negócios. “Em menos de seis meses, só no Rio de Janeiro, já foram efetuadas mais de 1200 trocas”, conta Fernanda. É hora de limpar o guarda-roupa.