Bianca Gibbon não desiste

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Por IESA RODRIGUES

Bianca Gibbon, de saia curta, e Felipe

Sem ligar para inverno, verão, Dia das Mães, e outros pretextos para induzir à vendas, Bianca Gibbon lançou mais uma coleção, a Hemera - deusa da luz -, na Casa da Glória (Rio de Janeiro).

Com esta série de modelos em cores claras, do branco ao cru, Bianca atinge o patamar ideal, entre o comercial e o conceitual.

Além do colorido claro, a maior mudança é a abrangência maior de clientela, acrescentando novidades aos logos favoritos das consumidoras chics cariocas.

“Minhas filhas de 17 e 22 anos também querem usar minhas roupas, assim incluí vestidos mais curtos e peças mais versáteis”, explicou, usando ela mesma um vestido colete curto de panamá branco. A bela Georgia Wortman, embaixadora da marca, uma das minhas queridas modelos dos tempos de produção, vestia um longo da amiga, com colar de duas voltas de pérolas.

 

 

Os destaques

A coleção Hemera investe na alfaiataria em panamá moderno, trazendo de volta o tradicional terninho. A camisa longa e assimétrica com skinny branca é um look importante na rejuvenescida do estilo.

 

 

A feminilidade permanece, tanto no look com minipaetês brancos na frente, como nos longos de barras e nos modelos em poucas camadas transparentes, daqueles que é preciso segurar a saia para subir a barra e andar como princesa. Lindos até como vestidos de noiva. Laise e crochê dão os toques artesanais ou texturas mais elaboradas.

 

 

 

Dois destaques de produção do desfile: o ótimo elenco de meninas, das agências 40 Graus e Mix Models. E a música ao vivo, com o trio Astorga Coral e Orquestra.



Persistência

Bianca Gibbon não desiste do trabalho. Durante a pandemia, fechou a loja de Ipanema e entrou no online, que deu tão certo que já se prepara para entrar em uma plataforma mais eficiente. Em vez de loja, abriu um ateliê no Leblon.

Bianca tem uma personalidade delicada, que parece atrair coisas boas. Há oito anos trabalha com Felipe Dornelles, uma parceria de trocas de ideias e conceitos que cada vez funciona melhor. E o desfile que começou às 16 horas, acabou virando uma festa, com bufê de dadinhos de tapioca, pasteizinhos de queijo da serra, um risoto quentinho, vinhos e sucos. Risos e conversas continuaram até as 22 horas, quando as luzes da Casa da Glória apagaram.