Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

[email protected]

IESA RODRIGUES

Mania de moletom

Publicado em 29/06/2024 às 12:15

Alterado em 29/06/2024 às 12:27

Versões masculinas: com blazer de inverno (Mondepars); azulão coreano (Tempus); Dragão Guerreiro (Lolja); flores em preto e branco (Balmain) Fotos: divulgação

Quando revisei o texto sobre a coleção Mondepars, da Sasha Meneghel, uma pauta pulou: moletom! Por que, em meio às belas peças de alfaiataria, havia meros moletons? Nem precisei pensar muito: sou adepta destes casacos macios, como moletons fechados, sweatshirts (palavra que lembra corridas nos filmes passados na Califórnia), hoodies (os que têm capuz), cangurus (com bolso na frente, versão brasileira).

Por que não nos contentamos com um ou dois no guarda-roupa? Claro, um tem que ser o indispensável preto. Mas…e o texto? Deve haver uma palavra, uma imagem, que dá a identidade da peça.

 

E aí, começa a coleção. Um preto liso, que segura até colarzinho de pérolas. Um básico internacional,com GAP escrito enorme. Ah, que graça,o do Snoopy, pra completar com jeans largão.

 


Fofinhos: o infantil rosa (Gap), mescla com Peanuts (Riachuelo), com o próprio Snoopy (C&A) e capuz grande e assinatura de respeito (Stella McCartney para Adidas/Arsenal) Fotos: divulgação

 

A coisa piora: mandamos vir da Coréia um azul maravilhoso, que voa pelo Alasca e tem o imposto nacional mais caro do que o moletom e o frete. Caramba, saiu o modelo da Gucci, lindo na sugestão com saia de renda. E Marc Jacobs? Impossível não se encantar com o sweatshirt com o nome do autor cobrindo toda a superfície.

 

 


O máximo: longo, com saia rendada (Gucci); Pelo Ano do Tigre (Moschino); As letras formam o nome do autor (Marc Jacobs), e o sem nome, sem figura, sem recorte (Balenciaga) Fotos: divulgação


E o máximo da mania: Balenciaga, que simplesmente apresenta a versão No Logo. Isto é, nada de nome da marca. Só para quando perguntarem de onde é, dar aquele olhar modesto e dizer: Balenciaga (precinho: US$ 1.350)

Deixe seu comentário