Mania de moletom

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Versões masculinas: com blazer de inverno (Mondepars); azulão coreano (Tempus); Dragão Guerreiro (Lolja); flores em preto e branco (Balmain)

Quando revisei o texto sobre a coleção Mondepars, da Sasha Meneghel, uma pauta pulou: moletom! Por que, em meio às belas peças de alfaiataria, havia meros moletons? Nem precisei pensar muito: sou adepta destes casacos macios, como moletons fechados, sweatshirts (palavra que lembra corridas nos filmes passados na Califórnia), hoodies (os que têm capuz), cangurus (com bolso na frente, versão brasileira).

Por que não nos contentamos com um ou dois no guarda-roupa? Claro, um tem que ser o indispensável preto. Mas…e o texto? Deve haver uma palavra, uma imagem, que dá a identidade da peça.

 

E aí, começa a coleção. Um preto liso, que segura até colarzinho de pérolas. Um básico internacional,com GAP escrito enorme. Ah, que graça,o do Snoopy, pra completar com jeans largão.

 

 

A coisa piora: mandamos vir da Coréia um azul maravilhoso, que voa pelo Alasca e tem o imposto nacional mais caro do que o moletom e o frete. Caramba, saiu o modelo da Gucci, lindo na sugestão com saia de renda. E Marc Jacobs? Impossível não se encantar com o sweatshirt com o nome do autor cobrindo toda a superfície.

 

 


E o máximo da mania: Balenciaga, que simplesmente apresenta a versão No Logo. Isto é, nada de nome da marca. Só para quando perguntarem de onde é, dar aquele olhar modesto e dizer: Balenciaga (precinho: US$ 1.350)