Criadores de riquezas
Pode ser a proximidade das listas de Natal. Ou a necessidade de preencher os decotes que se anunciam obrigatórios para o verão. Quem sabe, apenas para valorizar o rosto? O fato é que os colares, pulseiras, anéis e os adornos de riqueza aparente e sorte embutida estão quase indispensáveis neste fim de ano.
Mas hoje, a prioridade é o aniversário de 40 anos de trabalho da Francisca Bastos. Uma designer baseada em Ipanema, com a montagem na salinha ao lado, pelo diligente funcionário (lá vem a falha de memória, peço desculpas ao profissional discreto na bancada, executando as ideias da Francisca).
Nestes 40 anos conversamos muito, admirei as pérolas que nunca tiveram jeito de antiguidade. Os rubis, as esmeraldas, as alianças feitas para várias gerações de adeptas. Basta ver este colar com uma mistura de cores e materiais, tão colorido, uma lembrança dos anos 1970, um toque hippie, um trevinho como pingente para trazer boa sorte. No fundo, a carta de agradecimento às amigas e clientes, cheia de alegria.
Feliz aniversário, Francisca!
Além dos colares
O Rio tem criadoras muito especiais, que sabem combinar o precioso com o plástico, resina e materiais com a exuberância das joias, com preços que quase nunca ultrapassam os R$ 200. Como a Claudia Duarte, autora de coleções suntuosas, modernas e do tipo que não se resiste a passar um pix rapidinho e sair com um pescoço ou pulso decorados.
Um bom domínio do WhatsApp traz diariamente as coleções de sorte e romance da Katia Cohen. Quem resiste a uma das pulseiras de olho grego com ouro, por R$ 900?
Vou à festa de aniversário da Claudia Simões, no L'Ami Martin, no Fashion Mall, aproveitando o tempo que ela passa no Rio, até voltar para Lisboa. Quem estava lá: Kristhel Biancco, também criadora de joias. Exuberantes como ela, que ostentava brincos e anéis de verdes e brilhantes.
Uma modelo competente se descobriu criadora de joias de prata obrigatórias para quem tem fé. Lyginha Durand faz braceletes com santas, como a Nossa Senhora e anéis de proteção para os viajantes, tão disputados que são feitos por encomenda. Fila de espera!
E para encerrar, um amigo que abalou o conceito de joias nos anos 1970: Antonio Bernardo. Um simples cordão de ouro com um brilhante minúsculo virou obsessão entre as cariocas. Dali para frente, a marca cresceu para designs com bases intelectuais, como a série com formas de quebra-cabeças. E conquistou as jovens, com as coleções AB Meninas.