O lugar do design
Nos anos 1960 começaram a surgir as primeiras instituições universitárias brasileiras com cursos de design. No Rio, a mais conhecida era a ESDI - Escola Superior de Desenho Industrial _ com professores competentes, como o jornalista Zuenir Ventura. Vamos reconhecer que só agora a palavra designer encontra seu lugar certo. Ela denomina quem cria, inventa, imagina um objeto, uma roupa ou um móvel, sem necessariamente produzir o que assinou. Nem todo designer tem formação especializada, muitos emprestam um talento pessoal ou apenas o nome e alguma influência na hora de escolher materiais, cores, funções.
Selecionei alguns lançamentos que se encaixam neste conceito de design. Alguns, como Paris Hilton ou Luciano Szafir, dão um reconhecimento de estilo para os consumidores. Outros produtos, anônimos, valem pelas marcas - no caso, o melhor exemplo são os carros e motos. Quem não associa o nome Ferrari a jaquetas e bonés, por exemplo?
Na cozinha
É surpreendente como famosos se identificam com panelas e acessórios culinários. Por exemplo, quem imaginaria a celebridade Paris Hilton assinando um conjunto completo de panelas e acessórios com três camadas de revestimento, cabos anti-calor e tampas de vidro refratário, tudo cor-de-rosa? Nos Estados Unidos custa uma base de US$ 100 na Amazon, e até o mês de novembro haviam sido vendidos 2K (dois mil!) de conjuntos.
No Brasil, os atores Luciano Szafir e Luciana Vendramini estiveram no lançamento das panelas da linha Le Brunet, assinada por Luciana e e Arezzo para a marca Moncoc. Coloridos, com revestimento de cerâmica, antiaderentes, para a dupla Vendramini e Szafir são produtos que refletem que a memória afetiva da cozinha é mais forte no fim do ano.
Na casa
Marcelo Rosenbaum é um criador que circula em meios tão diversos quanto a moda, as feiras e a decoração. Sua proposta mais recente são as linhas Parquet Paulista e Quintal, cocriações com a Portobello. A primeira lembra os pisos geométricos em madeira, reinterpretados em mosaicos contemporâneos. Já a linha Quintal, com aparência de caquinhos, é a interpretação dos pisos da arquitetura paulista nos anos 1950.
Outra novidade, esta com origem internacional é a série de pufes Truffle, da marca inglesa NaughtOne: em duas alturas, uma mais baixa, para áreas de lazer e relaxamento. O tamanho B é mais adequado para locais de trabalho, porque proporciona mais conforto para a postura. Importante, além do estilo orgânico e da durabilidade, é a variedade de cores.
Na moda
A inesgotável inspiração na cidade do Rio de Janeiro ficou ricamente traduzida no colar Copacabana, do joalheiro/designer Dorion Soares. Em ouro e diamantes, tem a maestria de ser articulado, se adapta a todo colo e pescoço.
Mais amplo, o alcance da Osklen. Depois de focar na Amazônia, a coleção atual atrai pelo foco no Brasil. Impossível um turista antenado não sair do país com pelo menos uma sacola da marca. Ou melhor ainda: um tênis, simplesmente branco, com Made in Brazil escrito na lateral. Sinto muito, Nike, Asics, Adidas: a Osklen superou todos. Na Farfetch custa R$ 447 (preço visto em 07/12/24)