Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

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IESA RODRIGUES

A provável separação dos grupos da Arezzo e da Soma

Publicado em 18/03/2025 às 13:07

Alterado em 18/03/2025 às 13:10

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Pouca gente saca a importância desta situação da provável separação dos grupos da Arezzo e da Soma. Primeiro, estão envolvidas marcas que ainda têm visibilidade para o consumo, como Farm, Foxton, Maria Filó, Arezzo.

Depois, marcas menores como a Reversa (a feminina da Reserva) estão na fila para o fechamento.

Que grupo é este, que tira marcas do mercado em vez de dar força?

Há divergências óbvias na maneira de trabalhar, vistas por quem acompanha este setor. Dá a impressão que a união seria impossível. Voltaríamos à tradição de cada um por si, que desde os anos 1970 dificultava os eventos em grupos. Daí a importância dos desfiles do Moda Rio, que reuniu as melhores marcas da cidade, sem patrocínio, em lugar nobre como o Golden Room do Copa.

O fato é que esta situação está acontecendo no mundo. Mesmo o LVMH enfrenta impasses, abre o alcance para hotéis de luxo.

Enquanto isto, a China avança, com preços baixos e bons produtos, com entregas rápidas.

É trabalho escravo? Pode ser, mas o consumo final compra.

O próximo setor a penar é o da beleza. A indústria de cosméticos e skincare sul-coreana está se impondo com a eficiência e o marketing através dos doramas, e se prepara para a logística de venda e entrega ou de representações.

Para onde vamos? Para a seriedade, sem estrelismos, com visão do futuro, atuando globalmente. Um exemplo é a Farm, que segue em frente, conquistando quem quer vestir uma roupa bonita (nem sempre barata), com uma aura alegre e otimista. Sim, porque a esta altura da luta pelas vendas, vale apelar para os santos e entidades. Quem sabe, para os xamãs coreanos?

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