Uma Coluna, muitas histórias
Uma vida dedicada a paixão por automóveis...
Caro Leitor, venho aqui ocupar um espaço neste tradicional Jornal que desde 1891 circula em nosso amado país.
Com meio século de vida, posso afirmar que a maior parte desta minha jornada foi de alguma forma vinculada às quatro rodas...
'Brasileiro é um apaixonado por automóveis, por definição'
Aqui pretendo contar muitas histórias vividas a bordo de belíssimas viaturas das mais diversas marcas, modelos e anos.
Esses quilômetros rodados foram possíveis graças à paixão do meu já falecido pai por essas verdadeira “macchinas”, como Don Francesco falava... Eu só gastei gasolina, em grandes volumes.
Foram pouco mais de 200 exemplares na coleção que, na época, podia-se afirmar ser uma das maiores do país. A variedade era a marca registrada. Meu pai dizia que não tinha uma fidelidade a uma marca. Ele comprava o que gostava e o que podia. Claro que, com o passar do tempo, como qualquer colecionista, aprimora-se o gosto, eleva-se o nível de exigência. Mas o importante é que histórias não faltam depois de tanta convivência dentro deste meio automobilístico.
Também não pretendo deixar de lado as novidades do nosso mercado de automóveis, na medida em que também puder ter acesso aos carros que, dentro do possível, os jornalistas conseguem obter através de empréstimos junto aos fabricantes, representantes ou importadores.
Desta forma, semanalmente, pretendo ter esse contato direto com você, meu leitor e, como eu, apaixonado por automóveis clássicos, novos, nacionais, importados, tanto faz.
Pretendo construir uma coluna diferente, irreverente e relevante, com relatos, entrevistas, avaliações, bate-papos...
Na foto, esse exemplar que foi seguramente o mais antigo do acervo.
Na verdade, não ficamos muito tempo com ele e, infelizmente, não pude dirigi-lo.
Trata-se de um Schacht 1902, um dos automóveis mais antigos até hoje em solo brasileiro. Única referência que me recordo é sobre o comentário do saudoso Fernando Rossi, um antigomobilista, restaurador, comerciante e grande conhecedor de clássicos no Brasil sobre o funcionamento desse pequeno motor monocilíndrico, que funcionava com baixíssimo giro e ruído bem peculiar.
De vez em quando é visto em exposições. Atualmente desconheço seu paradeiro.
Até a próxima!