O que é melhor, vinho ou cerveja ?

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Coma isso, não coma isso...
Com qual frequência você se depara com um menu para decidir o que comer ou beber ?

O que você escolhe? Pode ser que esteja pensando em pedir uma costela de dar água na boca e uma cerveja bem gelada, certo?

Mas uma voz bem baixinha atrás da sua cabeça lhe diz: “vamos ser honestos”… Ou é a voz da sua esposa nos seus ombros que lhe diz para que peça a opção saudável.

Tem algo mais frustrante que isso? Ser incomodado pelo alimento que deseja consumir? E sem ver nenhum resultado?

Mas, veja…

Pode ser uma surpresa para você que a alimentação que considerava a opção saudável, na verdade, é a pior escolha? A ideia dominante do que é ruim de comer pode não estar correta. Muitas vezes, o alimento que você deseja é a melhor opção.

Independente de qual seja melhor, você precisa lidar com eles de maneira saudável, pois o excesso de bebida causa sérios riscos à saúde, incluindo aumento de evidência de doença hepática e diversos tipos de câncer.

Além dos benefícios cardiovasculares, sua grande virtude é que pode substituir uma sobremesa rica em carboidratos, pois ao contrário da crença popular, álcool não engorda, apesar do seu alto nível calórico, isso obviamente quando consumido com moderação.

Certamente você tem ouvido falar dos benefícios de saúde do vinho tinto.

Rico em antioxidantes, com efeito anti-inflamatório para o corpo.

Contém Resveratrol, que protege os vasos sanguíneos, reduzindo o LDL (mau) colesterol, e previne a formação de coágulos sanguíneos, e com efeitos benéficos de polifenóis no equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue, dando ao vinho tinto potencial especial de proteção.

Porém, outros estudos mostram que não é só o vinho tinto que tem benefícios, mostrando que em quantidades moderadas, qualquer tipo de bebida alcoólica pode ajudar o seu coração: vinho, cerveja ou destilada.

De acordo com eles, o consumo moderado propicia:

- aumento do HDL colesterol (Bom)
- redução da formação de coágulos sanguíneos
- melhora da pressão arterial

Por outro lado, estudos usando modelos animais têm mostrado que cerveja pode prevenir carcinogênese e osteoporose.

Cerveja gera plasma sanguíneo com maior proteção antioxidante, e Isohumulonas, uma substância azeda derivada do lúpulo, pode prevenir e melhorar obesidade e diabetes tipo 2, melhorar o perfil lipídico e suprimir aterosclerose.

Cerveja é relativamente nutricional, pois contém mais proteínas e vitamina B do que o vinho.

Um estudo alemão, da Nutrition and Food Research Institut, mostrou que bebedores de cerveja têm duas vezes mais vitamina B6 no sangue do que bebedores de vinho.

Mas tenha em mente que consumo moderado é uma dose, ou copo para mulheres e dois para homens.

A Harvard School of Public apresentou um artigo que confirma que bebedores moderados são 35% menos propensos a sofrerem um ataque cardíaco do que não bebedores, e isso vale para homens que bebem cerveja, vinho ou bebida destilada.

Recentemente, a revista “Diabetologia”, da Associação Europeia de Estudos de Diabetes, publicou um estudo envolvendo 70.551 participantes, acompanhados entre 2007 e 2012, onde homens que consumiam 14 doses de vinho, cerveja ou outro álcool por semana tiveram risco de diabetes 43% mais baixo, em comparação com os abstêmios. Já as mulheres que ingeriram 9 doses por semana tiveram risco 58% mais baixo, se comparadas às que não bebem.


Referências bibliográficas:

- O Estado de São Paulo. 28/07/17. A14
- Time Magazine. August 30, 2010
- Clinical and Experimental Research. November 2010; 34(11): 1-11
- Cardiology Today. May 5, 2017
- Am J Clin Nutr. June 2010
- Biochem Pharmacol. May 14, 2006;71(10):1397-421
- AHA. May 4, 2017

 

Dr. Wilson Rondó Jr.
CRM RJ 52-0110159-5
Cirurgião Vascular de formação e Nutrólogo
Registro nº 058357