‘Golpe de sorte em Paris’: o último Woody Allen?
Cotação: três estrelas
Woody Allen, 88 anos, vem dizendo em entrevistas recentes que ‘Golpe de sorte em Paris’ (‘Coup de chance’), seu 50º filme, também será o seu último. ‘Cancelado’ nos EUA (por causa de eventos ligados a envolvimento com sua filha adotiva, quando ela era menor de idade; hoje são casados), seus últimos filmes têm sido feitos na Europa, onde consegue financiamento e ainda tem público cativo. Como também o tem, aqui no Brasil, onde seu novo filme estreia na semana que vem.
‘Coup de chance’ acompanha Jean (Melvil Poupaud, ótimo) e Fanny (a bela e fotogênica Lou de Laâge, de ‘O baile das loucas’, disponível no Prime Video), um casal da alta sociedade parisiense, com alguma diferença de idade, mas apaixonados. Quando ela reencontra, por acaso, Alain (Niels Schneider), um antigo colega de classe e agora escritor (que conheceu quando ambos estudaram em Nova York), repentinamente se vê entediada com a vida luxuosa que leva (acha que é apenas uma esposa-troféu) e percebe que não está vivendo da forma que deseja, que o romance em sua vida se foi faz tempo. E começa um caso com o rapaz.
A súbita mudança de comportamento e da rotina da esposa acende um alerta em Jean, que contrata um detetive particular para saber se está sendo traído. A partir daí, a trama sai do romântico e envereda por caminhos que podem levar ao crime e ao absurdo. É tudo levado pelo acaso, como o título original indica. O enredo explora temas como sorte, controle de seu próprio destino e a busca por uma vida autêntica, enquanto Fanny lida com suas escolhas e o impacto do acaso em seu destino. O marido, absolutamente, não acredita nisso (sorte, acaso). Enquanto que ela, sim. E o diretor brinca com isso, meio que repetindo o que fez antes em ‘Match point’.
Ainda que não seja um grande filme, segue aquela máxima: um filme mediano de Woody Allen é melhor do que a maioria dos outros filmes em cartaz. Indeed. Este é diversão ligeira (90 minutos), com ótimos diálogos, bons atores e um final surpreendente. Au revoir, Allan Stewart Konigsberg!?
STREAMINGS+
*Em 2010, o assassinato de Eliza Samudio, envolvendo o ex-goleiro Bruno (do Flamengo), abalou o país e ganhou destaque nacional. Agora, 14 anos depois, essa história ganha uma nova perspectiva no documentário da Netflix ‘A vítima invisível: O caso Eliza Samudio’, que estreia em 26 de setembro, trazendo detalhes inéditos.
*A telenovela bíblica ‘Reis’ entrou na grade de programação do canal TNT Novelas e no catálogo do streaming Max. O canal exibe um capítulo por dia, de segunda a sexta-feira, às 20h. Já a plataforma de streaming disponibiliza cinco capítulos por semana.
*O Disney+ lançou o trailer e o pôster da série original de crime e drama ‘A máquina’, estrelada por Gael García Bernal, Diego Luna e Eiza González. A produção realizada no México, e que estreará na íntegra no dia 9 de outubro, se passa no mundo do boxe.
*O Paramount+ anunciou que a nova série ‘Landman’, com Billy Bob Thornton, será lançado no dia 18 de novembro. É mais uma criação do hiperativo Taylor Sheridan, que tem várias produções na plataforma. Como ‘Yellowstone’, que retorna no dia 10 de novembro.
*O bom filme nacional ‘O sequestro do voo 375’, lançado em 2023 (do qual já falamos aqui), está concorrendo a uma vaga no Oscar 2025 para representar o Brasil. Está no catálogo do Disney+.
*A minissérie HBO Original ‘Pinguim’ (spin-off de ‘Batman’) chega ao streaming Max no dia 19 de setembro, às 22h. Com oito episódios, a série foca no notório vilão Oz Cobb/Pinguim (Colin Farrell), que, na animação que está no Prime Video, foi transformado em mulher.
*O canal Adrenalina Pura, especializado em filmes de ação, suspense e terror, adiciona sete novos títulos este mês ao seu catálogo, que está disponível na Prime Video Channels, Apple TV e Claro TV+
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