Neymar usa Seleção para estreitar laços com espanhóis
Daniel Alves e Marcelo estão em lados diferentes do futebol espanhol, mas têm algo em comum na Seleção Brasileira. São provavelmente os jogadores mais próximos a Neymar, a exemplo de Lucas. Em treinamentos e deslocamentos da Seleção, os laterais de Barcelona e Real Madrid, respectivamente, são os que estão mais próximos do agora ex-santista. Uma maneira de Neymar se aproximar, de certa forma, pelo que viverá no segundo semestre.
"Eu sei do que ele gosta, entre aspas. E passei para ele tudo que a cidade de Barcelona pode proporcionar a ele", chegou a afirmar Daniel Alves depois do sim de Neymar para o clube catalão. "Falei das coisas positivas que existem lá, que a adaptação não vai custar muito porque ele já sabe o que há na cidade", explicou.
Desde o Mundial de Clubes 2011, quando Neymar efetivamente se aproximou de jogadores do Barcelona, Daniel Alves serviu como elo. No Japão, foi por meio dele que Neymar visitou a concentração dos catalães. Em dado momento, colocou o então santista em contato com Lionel Messi. Também concedeu entrevistas em que assegurava a venda do jogador do Santos para os catalães.
Se a transferência para o Barcelona pareceu estreitar os laços com Daniel Alves, com Marcelo teve pouca interferência. O jogador do Real Madrid, especialmente em treinamentos, costuma estar por perto de Neymar. Seja para brincar com a bola depois das atividades ou para conversar reservadamente. Para Marcelo, o jeito habilidoso de ambos faz com que se aproximassem. Até mesmo pelo fato de ocuparem o setor esquerdo do gramado.
"Há esses momentos e a gente quer voltar para a infância, para quando jogava bola no barro. Às vezes sem a chuteira (depois do treino) a bola escorrega mais, fica mais difícil para dominar, tem que estar mais concentrado na hora da brincadeira. Se um faz algo com a bola, o outro também quer fazer. Aí fica essa briguinha boa", explicou Marcelo. De fato, para muitos, a habilidade dos jogadores brasileiros está ligada à forma como praticavam o futebol na adolescência, normalmente nas ruas.
Marcelo conta ainda que a rivalidade acirrada entre os dois maiores clubes espanhóis também não atrapalha a amizade com Neymar. Na seleção da Espanha, por exemplo, desentendimentos tiveram de ser contidos, no passado, para controlar a harmonia do ambiente. "Eu só quero o bem dele", disse o lateral do Real Madrid. "Independente de ele jogar no Barcelona, aqui nós nos unimos muito".