Rodrigo Santoro: 'Nem tudo é músculo nesta vida'

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Agência EFE

BERLIM - O ator Rodrigo Santoro, um dos 'conjuntos' de músculo e fibra que incorporam os guerreiros de 'Os 300 de Esparta', a história em quadrinhos para o cinema de Zack Snyder, defendeu no Festival de Berlim que nem tudo é questão de físico nesta vida.

Evidentemente, os trezentos espartanos que acompanharam o rei Leônidas na batalha das Termópilas e seus rivais, as imensamente superiores tropas persas do rei Xerxes, devem ter sido imponentes massas musculares e assim se recria no filme, baseado na história em quadrinhos de mesmo nome de Frank Miller.

No entanto, seu papel pediu 'muito mais que presença física, houve um processo interno para interpretar o personagem de um ser que se acha acima do mundo'.

Santoro participou do Festival de Berlim junto com seu companheiro de filmagens, Gérard Butler, e seu diretor, Snyder, cuja transposição para o cinema da história em quadrinhos de Miller foi projetada na seção oficial, embora fora do concurso.

O filme foi rodado no Canadá em um estúdio, sendo que os cenários de grandes batalhas e corpos destroçados são obra dos recursos digitais.

A produção custou US$ 65 milhões e parece que foi concebida para deliciar amantes das histórias em quadrinhos, do fantástico, do fisioculturismo e do gênero épico.

Snyder defendeu sua obra como fiel à 'perspectiva de Miller, aberta e não exemplificante' e disse que nos dois líderes que se enfrentam, Leônidas e Xerxes, há 'certas semelhanças' com o presidente americano, George W. Bush.