Feira Pinta vende mais de US$ 5 milhões em arte latino-americana
Agência EFE
NOVA YORK - A primeira feira de arte latino-americana de Nova York, a Pinta, fechou hoje suas portas após vender mais de US$ 5 milhões e apresentar ao público americano o melhor da arte contemporânea da região.
Mais de 300 obras foram vendidas a colecionadores e compradores privados e institucionais durante os quatro dias de exposição. O evento começou no dia 16 de novembro, com o objetivo de se transformar numa referência da arte latino-americana contemporânea para os Estados Unidos.
Pouco mais de 7 mil pessoas viram as obras expostas, abaixo das expectativas iniciais de superar os 20 mil visitantes. Mas os organizadores comemoraram os resultados, afirmando que as obras de 34 galerias receberam "uma excelente acolhida".
- Esperávamos mais visitantes, mas a feira foi um sucesso porque o público que veio foi comprador. Não tivemos massa, mas quem veio foi muito importante, o que se refletiu nos resultados das vendas - explicou um dos diretores da Pinta, Diego Costa.
Para ele, as vendas de mais de US$ 5 milhões representam "um sucesso por se tratar da primeira edição de uma feira com obras latino-americanas" e demonstra o interesse que a arte da região desperta nos EUA.
A experiência se repetirá em 2008, quando Nova York aproveitará novamente a realização de leilões de arte latino-americana e realizará a segunda edição da feira.
- Enquanto estávamos com Pinta houve sete exibições paralelas ao redor da cidade. Atualmente já planejamos com várias galerias e museus os projetos de 2008 - disse Costa. Ele se mostrou convencido de que "neste momento a arte latino-americana está acontecendo nos Estados Unidos".
A Pinta apresentou as apostas mais contemporâneas de arte latino-americana a colecionadores e compradores. Foram obras de arte abstrata, concreta, neoconcreta, cinética, conceitual e de outros movimentos artísticos.
Entre os artistas expostos, houve os considerados emergentes, como Vik Muniz, Danilo Dueñas, Ivan Navarro, Marcos López, Jorge Macchi e Ronald Moram, e também nomes consagrados, como Wifredo Lam, Roberto Matta, Hélio Oiticica, Waltercio Caldas, Jesús Soto, Xul Solar, Cildo Meireles, Sergio Camargo e Amilcar de Castro.