A mesma história vista por quatro ângulos diferentes
Paulo Ricardo Moreira , Jornal do Brasil
DA REDAÇÃO - Uma história e quatro pontos de vista. Esse é mote de A liga, novo programa jornalístico da Band que promete mostrar a realidade de uma forma nunca vista na TV brasileira. A cada episódio, os repórteres-apresentadores Rafinha Bastos (do CQC), Thaíde, Débora Vilalba e Rosanne Mulholland vão investigar um tema atual e polêmico, sob ângulos diferentes, e revelar suas contradições. A atração, que tem ainda a participação especial de Tainá Muller, estreia nesta terça-feira, às 22h15.
Mergulho na realidade
Os primeiros episódios têm como tema moradores de rua, a morte e tribos urbanas. A ideia é que os repórteres se envolvam com os assuntos e os vivenciem, sentindo na pele o mesmo que os seus entrevistados. A novidade é a narrativa da história, vista por olhares diferentes. No episódio sobre tribos urbanas, por exemplo, o programa vai ouvir emos e metaleiros, mas também vai entrevistar especialistas.
O programa vai explorar a realidade a fundo, para mexer com a cabeça das pessoas que estão em casa diz Rafinha, que vai conciliar suas missões no novo programa com a apresentação do CQC.
Criado pela Eyeworks Cuatro Cabezas, a mesma produtora do CQC, A liga é sucesso na Espanha, Chile e Argentina. O programa quer mostrar que uma mesma notícia pode ser contada ao público de diferentes maneiras, seja com drama ou humor, além de uma boa dose de acidez. Em tempo real, exibe os registros de várias câmeras que trabalham paralelamente, gerando uma colagem de imagens que mostram os contrastes de cada tema.
Na mesma linha jornalismo participativo, os repórteres já gravaram vários episódios. Para testemunhar o trabalho de quem sobrevive do lixo, se embrenharam num lixão. Também relataram em primeira pessoa o perigo de quem vive na contravenção, a ousadia de quem assume a prostituição e os tormentos de quem convive com a loucura.
O grande diferencial é a forma como o tema é mostrado. Os repórteres se colocam de verdade nas situações, narram em primeira pessoa, vivem tudo. Há também uma grande diversidade de temas, fazendo do programa um grande painel do comportamento humano conta Hélio Vargas, diretor artístico e de programação da Band.