Anônimos loucos pela fama são pesadelo de equipes de TV
O mais antigo diz ter aparecido 345 mil vezes em atrás de entrevistados
Às 4h da manhã, ele recebe as coordenadas de sua rede de informantes. Da base, em Campo Grande (Zona Oeste), o aposentado Carlos Alberto Régis parte carregando dois telefones celulares e vales-transporte. Objetivo da primeira missão do dia: aparecer nas reportagens ao vivo dos telejornais matinais. Essa é a rotina de Régis, 66 anos, que se diz orgulhoso por ser um papagaio de pirata, ou melhor, de repórter, verdadeiro estorvo para as equipes de TV.
O pensionista explica como consegue estar presente em diversas transmissões por dia.
– Nossos amigos motoboys, quando veem a câmera sendo montada ou o carro da emissora, já nos dão a posição. Abastecidos com o vale-transporte, vamos aonde a TV está – conta.