Crítica: 'Lola'
Depois do sucesso de Miley Cyrus na turnê Gypsy Heart, em 2011, - quando a cantora estava disposta a mostrar que não era mais Hannah Montana, - a atriz embarca em uma produção tão adolescente quanto o seu papel na série da Disney Channel. Em Lola (LOL), de Lisa Azuelos, Miley é uma jovem que mal volta às aulas e já descobre que foi traída pelo namorado.
Enquanto Lola lida com os problemas comuns a toda adolescente, a mãe da jovem (Demi Moore) luta para se aproximar e controlar a filha. O carinho entre as duas misturado às brigas lembra o seriado Gilmore Girls. Assim como na série, Lola tenta mostrar que mãe e filha não são tão diferentes assim, mas força muito para passar o que Gilmore Girls conseguia com mais naturalidade e de forma cômica.
Além da fraca interpretação de Demi Moore, outra questão negativa no filme é a participação mal colocada dos atores Jay Hernandez e Tom Jane. O primeiro é um detetive bonitão que oferece uma carona para a personagem de Demi e se insere rapidamente na história. O segundo, que interpreta o pai de Lola, é quase um figurante na trama. Em contrapartida, relações caricatas, como a da loira bonitona com o nerd, ou a paixão dessa pelo professor, conseguem levantar o longa e fazer rir.
Lola é a versão americana do filme francês Rindo à toa (2008), também de Lisa Azuelos e, apesar de previsível do início ao fim, pode ser uma boa pedida para quem gosta de comédias românticas. Além disso, será escolha certa para adolescentes que se identificam com os dilemas de Lola e seus amigos. Se Miley conseguiu de vez deixar a sombra de Hannah Montana para trás não se sabe. Mas, dessa vez, ela não vai dançar nem cantar The climb, mas experimentar a juventude ao som de Keane e Rolling Stones.
Cotação: * (Regular)