No dia 01 de Dezembro o festival A.nota apresenta sua 27ª atração

O festival A.Nota chega a sua terceira edição em 2015, no Oi Futuro Ipanema. Nesta nova temporada o A.Nota traz 32 shows que promoverão novos CDs, EPs, vinis, clipes ou projetos especiais de novos artistas do Brasil, e se consolida como uma plataforma de lançamentos ao vivo para os artistas e bandas independentes do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. 

No dia 01 de dezembro, às 21h, a banda MALUNDU lança seu primeiro disco, "Outra Canção", no dia 1 de dezembro no Oi Futuro Ipanema. O grupo é liderado por Luisa Corrêa (voz) e Matias Zibecchi (voz e percussão), que depois de mais de uma década de carreira como percussionista do grupo instrumental Bondesom, descobriu uma forte vocação para compor.

Ricas em contrastes rítmicos e temáticos, as canções revelam a descoberta de uma nova linguagem por um ritmista de costume que se mostra um surpreendente melodista e letrista. Finalizado através de um projeto de financiamento coletivo na internet que teve mais de 100 investidores, o disco traz oito faixas que dialogam com a MPB e transitam entre o samba, o forró e o rock. Formado em 2014, o Malundu já se apresentou em lugares como o Espaço Cultural Sérgio Porto, o Lagoon e a Casa Benet Domingo.

No show o casal Luisa Corrêa (voz) e Matias Zibecchi (voz e percussão) se apresentam acompanhados por Diogo Sili (violão), Federico Puppi (violoncelo), Yuri Villar (sopros), Antonio Ziviani (teclado e acordeon), Gastão Villeroy (baixo) e Gabriel Guenther (bateria).

O Malundu vem das iniciais de Matias Zibecchi e Luisa Corrêa, um casal que namora há seis anos e mora junto há poucos meses. Ele é percussionista há mais de uma década, época em que fundou o Bondesom, grupo instrumental com três discos lançados e mais de 200 shows realizados, alguns em grandes palcos e festivais como Circo Voador, CopaFest e Leblon Jazz Festival. Além de acompanhar há alguns anos artistas de sua geração como João Bernardo e André Carvalho, recentemente desfilou na bateria da Mangueira na Sapucaí, e participou do show de Milton Nascimento na Fundição Progresso. Ela, por sua vez, toca piano desde pequena e estuda canto desde a adolescência, mas só agora motivada pela parceria musical-amorosa do Malundu, leva adiante seu primeiro trabalho musical profissional.

A história do Malundu vem de uma espiral de estímulos mútuos. Pois bem: quando começaram a namorar, o ritmista Matias se apaixonou ainda mais ao ver (e ouvir) Luisa tocar piano e cantar. Foi um estímulo e tanto para ele se aproximar de vez do violão e, logo, a diversão do casal era devorar os songbooks de Bossa Nova, Chico e Caetano.

Ao aprimorar os estudos em percepção musical e no violão, Matias começou a ouvir melodias dentro de si, e assim as primeiras músicas foram surgindo já como canção, aplicando toda a parte da escrita que tinha raízes no ofício de jornalista. Como não cantava a princípio, logo mostrou para sua companheira, que se tornou a primeira intérprete de suas canções. Na hora de gravar as músicas, perceberam que as vozes soavam bem juntas. E assim uma coisa foi puxando a outra, e ele foi se descobrindo cantor também.

Depois de gravarem as bases do disco, e tiveram a coragem de criar um projeto de financiamento coletivo para finalizar o primeiro rebento. Assim surgiu a ideia da recompensa de presentear o investidor com uma canção, ou fazer uma para ele dar de presente para alguém. Dessa forma venderam sete músicas, e assim Luisa também virou compositora. Algumas das canções feitas como recompensa entraram para o repertório do show de lançamento de "Outra Canção".

Nesses anos de convivência do casal, com altas doses de convergência, o ex-jornalista largou a antiga profissão e deixou de ser apenas ritmista para tocar violão, compor e cantar. Enquanto ela, apesar de seguir firme na psicologia, passou a investir finalmente na música como carreira e virou compositora. E talvez nada disso tivesse acontecido se não fosse aquele primeiro beijo no carnaval de 2009.