Abertura da exposição "Limites", de Marcos Duprat, na Biblioteca Nacional

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O artista plástico Marcos Duprat inaugura a exposição  “Limites” no Espaço Cultural Eliseu Visconti, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. A mostra reúne 60 obras sobre papel e tela que abordam as transformações do artista em sua linguagem pictórica da figuração - ou da imagem que descreve a realidade visível - para a criação de espaços e paisagens oníricas e cromáticas. Após um período de oito anos, de sua última exposição no Rio de Janeiro, e uma permanência de três anos no Nepal, Duprat reencontra o público carioca nessa mostra que ilustra etapas de seu amadurecimento e transformação de sua linguagem plástica ao longo de 40 anos de trabalho.

Dentre as obras expostas, algumas são datadas de décadas anteriores como citações dos desdobramentos a partir da virada do século. As obras recentes apresentam radical renovação.  A luz segue como elemento protagônico e de articulação. O plano pictórico compõe-se de áreas de cor em expansão, construídas por pinceladas que obedecem a um ritmo concêntrico e radial e que criam superfícies que evocam ou configuram horizontes e paisagens cromáticas. A técnica de Duprat é a velatura, em que a cor resulta da superposição de pigmentos em camadas. Nas telas o meio empregado é o óleo, enquanto no papel usa óleo, pastel oleoso, aquarela e lápis.

A mostra, que foi exibida anteriormente no MUBE, Museu Brasileiro da Escultura, em São Paulo, vem acompanhada do livro “Limites/Boundaries”, editado em 2015, e de novo catálogo editado pela Biblioteca Nacional. No texto de apresentação do livro, Vera Pedrosa assinala a transformação na obra de Marcos Duprat a partir dos seis anos de sua permanência no Japão, de 2000 a 2006, quando sua pintura sai do ateliê e se volta para a descrição da natureza com renovado vigor. Desde 2008, Duprat tem seu ateliê no Rio de Janeiro, e seu acervo pessoal conta com um número expressivo de pinturas, trabalhos sobre papel, desenhos, fotografias e esculturas.