'Valorização feminina e clichês', destaca crítica sobre 'Sexy por acidente'

Por RUDNEY FLORES*, especial para o JB

Em tempos de empoderamento feminino, “Sexy por acidente”, novo filme da comediante Amy Schumer, traz uma mensagem um tanto enviesada da importância da autoestima para as mulheres que não alcançam padrões de beleza estabelecidos pela moda.

A atriz americana vive Renee, mulher que que tenta sem sucesso perder peso e se tornar uma pessoa mais confiante. Depois de um acidente na academia, quando bate a cabeça, ela acorda se achando magra, linda e poderosa, apesar de sua imagem não ter mudado em nada para todos que a veem – referências a “O amor é cego”, dos irmãos Farrelly, não são mera coincidência; as histórias são muito parecidas, com a tentativa de humor vindo do estranhamento entre o que o personagem central e as outras pessoas veem.

Renee encontrará sucesso no trabalho e no amor, mas se afastará das grandes amigas e de sua essência para, no final, perceber seu real valor. O incentivo da valorização feminina é muito importante, mas merecia um texto melhor desenvolvido do que roteiro mais do que previsível dos também diretores Abby Kohn e Marc Silverstein. Amy Schumer até diverte em algumas cenas (como na sequência da competição de biquini), mas não salva o filme do lugar comum das comédias feitas para agradar a todos os públicos.

*Jornalista

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SEXY POR ACIDENTE: ** (Regular)

Cotaçõeso Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom

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