Em pouco mais de 1.180 dias de mandato, já foram averiguadas cerca de 5.159 mentiras de Bolsonaro ao longo de declarações realizadas para a imprensa.

O levantamento foi realizado pelo site Aos Fatos, e apontou todas as afirmações falsas realizadas por Jair Bolsonaro (PL) durante o período como presidente do Brasil.

O estudo foi realizado após o escândalo mais recente protagonizado pelo presidente, com o vazamento da cobrança de propina e até ouro em troca de verbas para o ensino no Ministério da Educação (MEC).

Após as primeiras informações, Bolsonaro repetiu pela 191ª vez que o seu governo não tem corrupção. Esta é a mentira que lidera o ranking de declarações consideradas falsas feitas desde janeiro de 2019.

Mais recentemente, outros inquéritos reforçaram as mentiras de Bolsonaro para a imprensa. Em março de 2022, a Polícia Federal abriu dois inquéritos para apurar suspeitas de crimes como corrupção, tráfico de influência e prevaricação no Ministério da Educação.

A investigação foi pedida pela Procuradoria-Geral da República após a imprensa noticiar uma possível influência de pastores na distribuição de recursos da pasta para prefeitos.

Além disso, o relatório da Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) da Covid-19 já havia solicitado o indiciamento do presidente e mais seis ministros e ex-ministros por irregularidades que incluíam prevaricação, emprego irregular de verbas públicas, falsificação de documento particular, charlatanismo, crime contra a humanidade, crime de responsabilidade e epidemia com resultado de morte.

Mesmo assim, a segunda mentira mais contada pelo presidente Jair Bolsonaro foi que o governo combateu a pandemia de coronavírus junto ao desemprego. A afirmação foi dita 99 vezes.

Não se sabe, ao certo, o que motiva as mentiras de Bolsonaro, mas, por outro lado, a psicóloga clínica e psicanalista Gabriela Souza (CRP 06/164297) afirma, em entrevista para a Betway, site de jogos de cassino online, que mentir é um processo psicológico ao qual todos estamos expostos. “É necessário entender a mentira como um fenômeno central nos relacionamentos pessoais, não podendo a mesma ser encarada necessariamente como anormal”, explica.

Mentiras de Bolsonaro não são as únicas no contexto profissional

Embora o presidente Jair Bolsonaro ocupe o emprego de maior relevância do país, suas afirmações falsas não são as únicas recorrentes nesse contexto.

Uma pesquisa inédita liderada pela Betway Insider apontou que 57% dos empregados já contaram ao menos uma mentira no trabalho.

A afirmação falsa mais dita é “Eu gostei”, quando, na verdade, o colaborador não aprovou o resultado. Em segundo lugar no ranking aparece a frase “Já estou finalizando o material”, quando o trabalho ainda não foi iniciado. De acordo com o estudo, cerca de 54% dos participantes já utilizaram essa mentira.

A pesquisa foi feita com 130 entrevistados e, entre eles, apenas um afirmou nunca ter mentido no ambiente corporativo. Contudo, estudos da Universidade de Massachussets sugerem que mentimos uma vez a cada dez minutos de conversa, em média, de modo que esse comportamento pode ser considerado normal.

Enquanto isso, a análise do site de cassino online também aponta que metade das pessoas já mentiram no currículo. Entre as afirmações não-verdadeiras, constam habilidades que o colaborador não possui e a omissão de demissões.

Segundo a psicóloga Gabriela, grande parte dos colaboradores mentem por medo. “Podemos associar a insegurança e a ansiedade presentes no medo de contar a verdade, principalmente nos meios de trabalho”, afirma a profissional.

Isso os classifica como Mentirosos Ocasionais, classificação apresentada pela Betway Insider em sua pesquisa. Nesse caso, as mentiras não são constantes, e não visam o máximo prejuízo. Por outro lado, as mentiras de Bolsonaro podem ser classificadas como Patológicas, pois são feitas com frequência, com total crença na veracidade das próprias mentiras.

Por esse motivo, é imprescindível averiguar as declarações do presidente, pois, ao contrário das mentiras no trabalho, afirmações falsas feitas no maior emprego do Brasil podem ter consequências graves.