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A unidade e a visita
-->Dom Orani João
T empesta, O. Cist.-->ARCEBISPO DO RIO DE
JANEIRO-->Escr e v endo daqui, d e R o-
ma, dur ante o a bençoado
tempo da visita
-->ad limina
-->,
não posso deixar de e xpr essar
meus sentimentos de com unhão
que a br asam nosso cor ação nestes
dias e diz er quanto estamos r e -
zando par a que a unidade contagie
toda a nossa ar quidiocese. P ar a
que o m undo cr eia, disse J esus!
Quanta r esponsa bilidade par a to -
dos nós! Gritemos por todos os
meios a importância da com unhão
eclesial, e a vi v amos com aleg ria e
generosidade!
A unidade da Ig r eja não é um
r esultado do acaso , nem um sen-
timento passageir o , nem m uito
menos um consenso político , mas
é p r o v e niente da com um pr ofis-
são de fé, amor fr aterno e, so-
br etudo , do tr anscendente e so-
br enatur al que e xiste entr e o P ai
e o F ilho e o Espírito Santo .
A unidade da Ig r e ja não é, por -
tanto , comparáv e l c om a unidade
de um cor p o político , mas é u m
efeito da união da Santíssima T rin -
dade e d a união hipostática de
J e sus Cristo , que se torna com u -
nhão perfeita entr e a n atur eza di -
vina e a humana. Estamos aqui
n um ambiente de unidade mística
e espiritual, antes de união apenas
física ou humana, embor a sejam
próprias também da Ig r eja, mas
estas de v em ser r efle xo da com u -
nhão de vida no amor e na fé.
Sempr e que houv er uma sepa -
r ação , uma di visão em sua estrutur a
e em sua or ganização , este r efle xo
torna-se obscur o , ne buloso , e nada
significa, não é sacr amento da v er -
dadeir a unidade desejada por Cris -
to . Antes de estarmos submetidos a
uma autoridade apenas de estru -
tur a, e não a uma autoridade es -
piritual de Cristo , estar emos f alhan -
do na busca desta unidade eclesial.
A visita -->ad limina
-->supr e estas
duas necessidades na busca da uni -
dade. Ao mesmo tempo em que nos
confr aternizamos e nos r egozija -
mos por estar unidos estrutur al -
mente ao sucessor de P edr o , nos
unimos a este na nossa r eafirmação ,
nossa r atificação de r efletirmos em
nossa ati vidade pastor al em nossas
dioceses esta mesma unidade de fé
e de com unhão de obediência e na
fé em J esus Cristo .
Na cele br ação que pr esidi na Ba -
sílica de São P aulo F or a dos Mur os,
segunda-feir a, r ecor dei a todos os
irmãos bispos que a nossa per e -
g rinação er a uma v olta às f ontes,
quando nos sentimos confirmados
com P edr o na pessoa do papa, tanto
na audiência pessoal como par a o
r egional, depois nos encontr os com
os vários dicastérios que ajudam o
santo padr e a go v ernar a Ig r eja, e
com as cele br ações nas basílicas r o -
manas – locais da história da Ig r eja
que v ener amos, pois ali estão se -
pultados irmãos nossos que der am a
vida por causa de Cristo e la v ar am
este c hão com o seu sangue.
Nesta visita, o modo de enxer gar
Roma e os locais de per eg rinação é
difer ente, e todos nos sentimos com -
pr ometidos com a com unhão , uni -
dade, e v angelização , testem unho e
r eno v ação de nossas vidas. Não é um
ato f ormal, mas um momento de fé
intensa, que de v e ser vi vido com ale -
g ria e compr omisso . Assim nos ensina
J esus a pedir: “Que todos sejam um,
como tu, P ai, estás em mim e eu em ti,
par a que também eles sejam um em
nós, e par a que o m undo cr eia me
en viaste” (J o 17, 21).
A visita -->ad limina
-->, portanto , é
uma r esposta a este mandamento
do Senhor , demonstr ando e r ef or -
çando a íntima e vital r elação que
e xiste entr e as Ig r ejas diocesanas e
a Ig r eja uni v er sal. Com ela r ef or -
çam-se os laços de fé e de confiança
filial entr e os bispos e o papa, dando
uma dimensão visív el par a a ca -
tolicidade da Ig r eja. Assim sendo ,
os próprios fiéis sentirão , atr a vés do
seu bispo , a sua participação e a sua
com unhão com a v er dadeir a Ig r eja
de Cristo , católica e apostólica.
P edimos e o r a mos com o Se-
nhor par a que o fruto desta co-
m unhão que mantemos com P e -
dr o possa e de v a se r efletir tam-
bém no ambiente diocesano . A
com unhão hierár quica, os sacer-
dotes e os diáconos em torno de
ou educar -se par a a eclesialida-
de é, certamente, ser viço par a a
unidade. Se J esus or ou pela uni-
dade da sua Ig r eja, o mínimo que
podemos f az er é nos colocarmos
em busca desta unidade par a co-
la bor ar com a r esposta que o P ai
quer: que f açamos a or ação do
seu F ilho . Se J esus or ou, dentr o
em si a per specti v a da cruz, nós
podemos entender a importân-
cia que ele dá, então , a esta uni-
dade. A unidade da Ig r eja é
uma r esposta a um con vite cla -
r o que nos f az J esus. Não de v e
ser uma questão secundária de
nossa vida de Ig r eja.
A visita -->ad limina
-->é um mo-
mento particular de g r aça, um
tempo f a v oráv el par a nos sen-
tirmos mais Ig r eja, mais em co-
m unhão . Constitui uma singular
lição de eclesialidade prática e
uma pr ofunda e xperiência no
mistério da Ig r eja.
A bênção que pedi ao santo
padr e, e que dele r ece bi, per -
tence, na v er dade, a toda a ar -
quidiocese. Sou portador des -
ta bênção e da mensagem que a
nós todos dirigiu, e que e xige
de nós todos, bispos, pr esbí -
ter os, diáconos, r eligiosos e r e -
ligiosas, leigos e leigas, um e vi -
dente sinal de gener osidade ao
santo padr e. É nesta unidade
que cr escemos e que se esten -
derá a todo o futur o de nossas
ati vidades ar quidiocesanas.
Em um ambiente saudáv el de
união tudo fica mais fácil de ser
planejado e concr etizado . O cr es-
cimento interno dos nossos sen-
timentos de unidade na Ig r eja é
testem unho que dá m uitos fru-
tos: par a que o m undo cr eia! Sem
a unidade, a Ig r eja per de a sua
r azão mesma de ser – testem u-
nha da v er dade do Ev angelho .-->Em um ambiente
saudável de união entr e
o Povo de Deus tudo fica
mais fácil de ser
planejado e concr etizado-->seu bispo nos inser em na mesma
lógica da com unhão sentida nes-
tas visitas
-->ad limina
-->. E ssa co-
m unhão , certamente, dá auten-
ticidade de edificação e de cr es-
cimento da Ig r eja. P
ortanto , tor -
na-se imper ati v a uma v e r dadeir a
com unhão de vida, e não apenas
de obediência, entr e o s b ispos e o
seu pr esbitério , condição par a a
fecundidade do cor po da Ig r eja.
Há, certamente, inúmer as ati-
tudes ou “pecados” que vão con-
tr a essa com unhão eclesial. Há
atitudes sectárias, per sonalistas
que buscam distinção , pri vilé-
gios e ser viços especiais, e assim
demonstr am total despr ez o pela
com unhão . T ornar -se disponív el